Maioria dos trabalhadores estrangeiros que descontam para Segurança Social são da CPLP
Em Portugal existem cerca de 660 mil trabalhadores estrangeiros que descontam atualmente para a Segurança Social, face a 120 mil em 2015. Destes, 360 mil são da CPLP.
A maioria dos cerca de 660 mil trabalhadores estrangeiros que descontam para a Segurança Social são da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), disse esta terça-feira a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.
Os números foram avançados pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social no final de um almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal, subordinado ao tema “Agenda do Trabalho Digno”, realizado num hotel em Lisboa, onde a governante defendeu que um dos principais desafios dos empresários é a falta de recursos humanos.
No seu discurso perante vários empresários, Ana Mendes Godinho salientou ser “evidente” que “Portugal não consegue ter um crescimento conjunto como planeado se não tiver capacidade de ter trabalhadores, de atrair e de fixar talento”, indicando que o país precisa de trabalhadores estrangeiros para colmatar a falta de mão-de-obra portuguesa.
Em Portugal existem cerca de 660 mil trabalhadores estrangeiros que descontam atualmente para a Segurança Social, face a 120 mil em 2015, o que constitui uma mudança “brutal” do mercado de trabalho, realçou a ministra. “Dos 660 mil trabalhadores estrangeiros, 360 mil são de países da CPLP e isto mostra a todos a evidência do caminho que temos de aprofundar ainda mais”, avançou a governante, defendendo que a atração de talento “é um desafio não só do país, mas do mundo”.
A governante lembrou ainda que o Governo português aprovou legislação sobre os vistos, com regras especiais para a CPLP, referindo o acordo de mobilidade que permite uma “entrada simples em Portugal” destes trabalhadores.
Ana Mendes Godinho referiu ainda que o número global de trabalhadores que descontam para a Segurança Social é de cerca de cinco milhões o que significa “mais um milhão de trabalhadores ativos a descontar do que em 2015” e, destes últimos, 300 mil são trabalhadores até aos 30 anos de idade.
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