Rendas sobem mais de 20% em quatro dos maiores municípios do país
A renda mediana subiu em todos os municípios com mais de 100 mil habitantes no segundo trimestre deste ano, face ao período homólogo.
As rendas subiram 11% para uma mediana de 7,27 euros por metro quadrado no segundo trimestre. No entanto, na maioria dos municípios grandes — com mais de 100 mil habitantes — o aumento foi ainda maior. Contabilizam-se mesmo quatro onde a subida homóloga face ao período homólogo do ano passado foi superior a 20%.
Entre os 24 municípios mais populosos do país, Lisboa é o que regista a maior subida da renda mediana no segundo trimestre, com um aumento de 20,8%, seguida de perto por Vila Franca de Xira (+20,7%) e Guimarães (+20,6%). Entre os maiores aumentos encontra-se ainda Oeiras, cuja renda mediana subiu 20,2% para 13,22 euros por metro quadrado.
Entre os maiores municípios, não houve um que não tenha registado uma subida das rendas face ao segundo trimestre do ano passado, segundo os dados do INE divulgados esta quinta-feira. Em 11 dos destes 24 municípios, a maioria dos quais da Área Metropolitana de Lisboa, a subida foi maior do que o aumento registado no conjunto do país.
Em termos de preços, o INE revela ainda que apenas sete dos 24 municípios mais populosos do país apresentam uma renda mediana inferior à média nacional, destacando-se Barcelos (4,40 euros/m2) e Vila Nova de Famalicão (4,70€/m2). Nota ainda para Guimarães, que apesar de ter uma das subidas mais pronunciadas no último trimestre, os preços ainda se mantêm abaixo da média nacional: passou de uma renda mediana de 4,23€/m2 no segundo trimestre de 2022 para 5,10€/m2 este ano.
Apesar de os valores estarem em níveis elevados, o INE faz uma análise da evolução entre trimestres, que mostra que, “para 10 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, houve uma desaceleração das rendas medianas”. “Por outro lado, houve subida das taxas de variação homóloga em 14 municípios, destacando-se, deste conjunto, os municípios de Guimarães (+13,4 pontos percentuais), Coimbra (+9,7 pontos percentuais.), Oeiras (+7,2 pontos percentuais), Santa Maria da Feira (+7,1 pontos percentuais), Vila Nova de Gaia (+6,6 pontos percentuais) e Maia (+5,3 pontos percentuais)”, indicam.
Quanto ao número de novos contratos de arrendamento celebrados, que caiu 1,2% em termos nacionais, o INE nota que apenas em nove dos municípios com mais população se registou um aumento. Destes, sobressaem aqueles com valores superiores a 10%: Santa Maria da Feira (+19,8%), Seixal (+16,3%), Guimarães (+12,9%) e Vila Nova de Famalicão (+12,7%).
“Por outro lado, o número de novos contratos decresceu em 13 municípios, evidenciando-se o Funchal (-21,7%) e Lisboa (-19%)”, salienta o INE, o que pode mostrar que nos locais onde os preços estão mais elevados está a diminuir o número de contratos de arrendamento celebrados.
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