Formação ainda é pouco frequente, mas qualidade agrada trabalhadores
O estudo dá conta que as oportunidades de desenvolvimento de carreira são escassas, principalmente para os mais seniores. Setor público oferece mais oportunidades, é indicado.
A formação dada pelas empresas aos trabalhadores ainda é pouco frequente em Portugal, mas a qualidade das ações dinamizadas têm conseguido elogios por parte dos formandos. A conclusão consta do estudo “Desenvolvimento hHumano, fator chave para o sucesso de Portugal”, que foi divulgado esta segunda-feira pelo Cetelem.
“Na atual conjuntura nacional, 56% dos inquiridos referem que se sentem muito satisfeitos com a qualidade da formação proporcionada pela entidade empregadora. O mesmo número considera também que a formação se adequa às suas necessidades específicas, bem como os métodos utilizados. Ainda assim, a frequência das formações (49%) é o ponto com a avaliação mais baixa, com apenas 20% dos inquiridos a afirmar ter formações frequentemente, ao passo que 49% apenas ocasionalmente”, é sublinhado na análise conhecida esta tarde.
Quanto ao formato das ações dinamizadas, a maioria (78%) acontece em regime presencial, sendo que 66% dos inquiridos diz preferir essa modalidade. Apenas 6% dizem preferir o formato online.
Por outro lado, o estudo dá conta que as oportunidades de desenvolvimento de carreira são escassas, principalmente para os mais seniores. Só 23% dos inquiridos referem que as oportunidades de desenvolvimento de carreira na empresa para a qual trabalham são frequentes nos seus locais de trabalho. Já 27% dos colaboradores afirmam que são raras e 40% são ocasionais.
A este dado soma-se um outro: quem trabalha em empresas públicas reporta mais oportunidades de crescimento profissional (34%) do que os que trabalham em empresas privadas (20%).
“O estudo aponta também a falta de ações de acompanhamento ao envelhecimento dos trabalhadores com um percurso mais longo, com apenas 28% dos inquiridos a referir formações de requalificação em prática nas suas empresas. Já 22% dos inquiridos dizem que dispõem de programas de transmissão de conhecimento e sucessão e 21% referem que a redução do horário é uma das medidas adotadas pela entidade empregadora”, observa o Cetelem.
Este estudo teve por base uma amostra de mil indivíduos residentes em Portugal que trabalham para a empresas francesas que operam por cá.
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