Petróleo volta a subir 1% após superar 50 dólares
Cotações do ouro negro continuam em alta pelo segundo dia, beneficiando dos sinais de maior consumo de petróleo nos EUA e ainda do corte de fornecimento árabe à Ásia.
Os preços do petróleo continuam em recuperação, depois terem baixado para mínimos desde o acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em novembro de 2016. O contrato de referência Brent reforça valorização acima dos 50 dólares por barril, depois de queda nos inventários nos EUA e do corte de fornecimentos da Arábia Saudita à Ásia.
Em Londres, o contrato Brent, que serve de referência para as importações nacionais, avança 0,86% para 50,65 dólares, depois do disparo de 3% alcançado na sessão desta quarta-feira. Também em Nova Iorque o crude WTI aprecia 0,89% para 47,74 dólares.
“Assistimos à maior queda dos stocks em um ano na última semana nos EUA. Os inventários caíram em mais de cinco milhões de barris. Parece que o corte da OPEP está finalmente a resultar”, referiu Greg McKenna, estratego da AxiTrader, citado pela Reuters.
A OPEP e outros países produtores incluindo a Rússia decidiram baixar a produção em cerca de 1,8 milhões de barris por dia na primeira metade de 2017 e a maioria dos analistas espera que esta decisão se prolongue pelo menos até final do ano. Isto porque a produção de xisto nos EUA tem contrariado aquilo que era o objetivo do cartel: eliminar o excesso de ouro negro nos mercados e dar algum suporte à cotação do barril.
Foi num cenário de dúvida quanto à eficácia do acordo que os preços voltaram a negociar abaixo dos 50 dólares por barril na última semana. Perante isto, a Arábia Saudita voltou à carga. Notificou várias refinarias asiáticas que vai proceder aos primeiros cortes de fornecimentos desde que o acordo da OPEP entrou em vigor no início do ano. A petrolífera saudita Aramco vai reduzir o seu fornecimento à Ásia em cerca de sete milhões de barris em junho.
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