Obra e graça da engenharia portuguesa ajuda a ver Nossa Senhora em Fátima
A empresa de engenharia portugesa Behind Solutions desenhou a Wonderwall, uma parede cénica elevatória que visa melhorar a observação da figura de Nossa Senhora.
Um milhão de pessoas vão estar reunidas em Fátima, este sábado, para ver e ouvir o Papa Francisco, que estará por lá por ocasião do centenário das aparições. Para garantir que todos conseguem ver o momento, a Behind Solutions, empresa portuguesa de soluções tecnológicas para arquitetura, desenvolveu uma parede cénica elevatória que se erguerá por trás da imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no novo altar exterior do santuário, onde Francisco presidirá à celebração eucarística de celebração do centenário.
Chama-se Wonderwall e é uma parede desenhada para melhorar a observação da figura de Nossa Senhora de qualquer ponto do recinto. “Está a funcionar há um ano, mas só agora terá o seu teste de fogo, com centenas de câmaras de televisão e milhões de olhos a incidir sobre a imagem”, refere, em comunicado, o designer Vítor de Castro Lopes, um dos fundadores da Behind Solutions, citado em comunicado enviado às redações.
A solução cénica, encomendada pela arquiteta Paula Santos, que desenhou o novo presbitério do recinto de oração em Fátima, assenta num “robusto sistema de elevação”, quase impercetível aos olhos dos peregrinos. A parede de mármore, embebida no solo e com cerca de duas toneladas e quase quatro metros de altura, é elevada “sem qualquer espécie de ruído visual ou sonoro”, durante os atos religioso que requeiram a saída da imagem de Nossa Senhora para o novo altar exterior do santuário.
O objetivo, explica Vítor de Castro Lopes, é garantir que todos os peregrinos “vejam de forma clara, em qualquer ponto do santuário, a escultura”, o que é possível graças a um “suave contraste entre o tom levemente esverdeado do mármore e a alvura da peça”.
A Behind Solutions nasceu há pouco mais de um ano, em Vila Nova de Famalicão, pelas mãos de Vítor de Castro Lopes e os três engenheiros que, há dez anos, fundaram a ESI, empresa que desenvolve soluções de engenharia para a indústria. Para além da Wonderwall, criou o Lift Park e o Plus Park, sistemas que facilitam a operação de espaços de parqueamento.
No ano passado, a empresa faturou 35 mil euros, valor que Vítor de Castro Lopes espera duplicar este ano. “Estamos a trabalhar no mercado nacional, testando soluções dentro de portas, mas o nosso desígnio é a internacionalização. O nosso negócio é global e estamos a trabalhar para tornar a oferta facilmente internacionalizável. Temos projetos, ainda em fase de negociação, que podem gerar a rápida expansão da marca, tanto no mercado europeu como no Médio Oriente”, refere.
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