Portugal defende proposta de conferência para paz no Médio Oriente
"Todos nós partimos de posições histórias bastantes distintas relativamente a Israel. Isso condiciona muito a forma como diferentes países se posicionam neste contexto", disse Costa.
O primeiro-ministro defendeu esta sexta-feira proposta apresentada pelo homólogo espanhol para organizar uma conferência para a paz no Médio Oriente e considerou não ser necessário haver unanimidade de posições sobre esta questão entre os 27.
“Achamos bem e, por isso, consta das conclusões da proposta do primeiro-ministro [Pedro] Sánchez no sentido de se promover a realização de uma conferência de paz no horizonte de seis meses”, disse António Costa, em conferência de imprensa, no final de dois dias de reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.
Os 27 acordaram na quinta-feira uma posição conjunta de apelar a “pausas humanitárias” para fazer chegar a ajuda humanitária à população palestiniana. Contudo, alguns Estados-membros queriam ir mais longe, por exemplo, pedindo um cessar-fogo entre o exército israelita e o movimento islamita Hamas.
“Todos nós partimos de posições histórias bastantes distintas relativamente a Israel. Isso condiciona muito a forma como diferentes países se posicionam neste contexto. Havia países que, não só defendiam o cessar-fogo, como entendem que o cerco [a Gaza], o corte de energia elétrica, do abastecimento de água, é uma violação do direito internacional. Outros entendem que o direito de Israel à sua defesa não deve ser condicionado com nenhum ‘mas'”, sustentou António Costa.
Apesar das divergências, o primeiro-ministro advogou que “uma Europa a 27 é uma Europa plural”, por isso, releva “o esforço de todos” para que haja uma posição comum do bloco comunitário.
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