Moody’s sobe rating da TAP e mantém perspetiva positiva

Agência de notação financeira subiu a classificação da companhia aérea de "B2" para "B1". Empresa continuará a beneficiar de uma recuperação do tráfego de passageiros e elevada rentabilidade.

A Moody’s melhorou a classificação de risco da dívida da TAP em um nível, de “B2” para “B1”, sublinhando a “forte e contínua melhoria na rentabilidade operacional da companhia aérea”. A perspetiva continua a ser “positiva”, o que abre caminho a nova revisão em alta.

“A revisão em alta e o outlook positivo refletem tanto a forte melhoria contínua na rentabilidade operacional da companhia aérea desde a última atualização da Moody’s em abril de 2023 e a simultânea melhoria nas métricas de crédito”, justifica a agência no comunicado divulgado esta sexta-feira.

A Moody’s espera “uma recuperação contínua do tráfego de passageiros em 2023 e 2024, embora os níveis de rentabilidade (yield) devam normalizar face aos níveis elevados recentes”.

A TAP apresentou a semana passada um lucro trimestral inédito de 180,5 milhões de euros entre julho e setembro, 69,2% acima do mesmo período do ano anterior. No conjunto dos primeiros nove meses, o resultado líquido foi de 203,5 milhões. A empresa reduziu ainda o endividamento líquido em 31,3 milhões para 670,7 milhões, o equivalente a 2,4 vezes o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações).

A Moody’s destaca o dinamismo das rotas do Atlântico Norte e do Brasil em 2023 e assinala que a capacidade da TAP é já 101% dos níveis de 2019, com a taxa de ocupação a ser também superior ao nível pré-pandemia. “Uma recuperação mais forte do que companhias com melhor rating, como a Lufthansa ou a IAG”, aponta.

A agência sublinha ainda a melhoria da liquidez da companhia aérea portuguesa, que tinha 769 milhões de euros em cash no final de setembro, bem acima dos 426 milhões registados em 2019. A TAP vai receber ainda mais duas injeções de capital do Estado, de 343 milhões cada, em dezembro de 2023 e dezembro de 2024, que “irão fortalecer ainda mais o perfil de liquidez”.

A classificação de “B1” é ainda considerada de “elevado risco”, ficando dentro das notações designadas vulgarmente de “lixo”. O rating poderá, no entanto, voltar a subir, uma vez que a Moody’s manteve o outlook positivo.

Segundo a agência, esta perspetiva é sustentada pela expectativa “de que a TAP continuará a beneficiar de uma recuperação do tráfego de passageiros com um ambiente de forte rentabilidade. Isto deverá permitir à TAP manter um rácio entre a dívida bruta/EBITDA abaixo de quatro vezes e avançar para a geração de um fluxo de caixa liberto positivo”.

(notícia atualizada às 15h)

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