PIB também surpreende no Brasil. Economia sai da recessão
Oito trimestres depois, um indicador preliminar para a economia brasileira indica que o país saiu da recessão. O PIB deverá ter subido 1,1% no primeiro trimestre.
A economia brasileira saiu da recessão no primeiro trimestre deste ano. Segundo a estimativa rápida do Banco Central brasileiro, o PIB cresceu 1,1% em cadeia nos primeiros três meses de 2017, avança a Globo. O Índice de Atividade Económica é um indicador prévio do comportamento da economia que antecipa o valor final, o qual será divulgado a 1 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Brasil estava em recessão desde o segundo trimestre de 2015.
Caso o IBGE confirme esta previsão, o Brasil sairá oficialmente de recessão técnica, interrompendo um período de oito trimestres consecutivos de uma economia a cair a pique. Na semana passada, numa cerimónia para marcar um ano de Michel Temer à frente do país, o ministro das Finanças realçou que “a recessão” que encontrou “foi maior que a depressão de 1930 e 31”. “O tempo do verbo é no passado. A recessão que ‘vivemos’. O Brasil já voltou a crescer, mas ainda estamos a viver os efeitos da recessão”, declarou Henrique Meirelles, citado pela Globo.
Apesar de na comparação homóloga haver boas notícias, a economia retraiu 0,44% de fevereiro para março. Este resultado negativo no mês de março assinalou-se por causa de vários indicadores económicos menos bons divulgados recentemente. O Governo brasileiro estima que a economia cresça 0,5% em 2017.
Estes dados preliminares confirmam o otimismo demonstrado pelo Fundo Monetário Internacional no início de março. “Ainda pensamos que a economia brasileira sairá da recessão este ano“, afirmou na altura o diretor do Departamento de Comunicação do FMI, Gerry Rice. “No relatório sobre a economia mundial de abril vamos atualizar a nossa previsão de crescimento para o Brasil, assim como para outros países”, avançou numa conferência de imprensa em Washington.
A recuperação económica do Brasil está a ser afetada pelo alto nível de desemprego e a elevada dívida do setor privado. Contudo, é de realçar que, também em março, a Moody’s melhorou a avaliação da dívida pública brasileira de “negativa” para “estável”. Segundo a agência de rating, o fim da acentuada contração do PIB, em conjunção com a queda de juros e convergência da inflação para a meta estabelecida pelo Governo em 4,5% para o ano em curso configuraram um cenário mais positivo para a economia brasileira.
No ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira registou uma queda superior a 3,6%, num ano em que o pais recebeu os Jogos Olímpicos. Em 2015 a recessão tinha sido mais acentuada com o PIB a recuar 3,8%. Este foi o pior período da economia brasileira desde que há dados disponíveis.
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