Quatro regiões de Portugal têm mais jovens com ensino superior ou profissional que média da UE

Quatro das sete regiões portuguesas têm mais jovens adultos com educação pós secundária — isto é, com ensino superior ou profissional — do que a média da União Europeia (UE). Por exemplo, na área metropolitana de Lisboa, quase metade dos jovens adultos estão nessa situação. Mas há regiões europeias que se saem muito melhor na fotografia. Na Lituânia, há uma região onde mais de sete em cada dez jovens adultos têm mais do que o ensino secundário.

“Em 2022, mais de dois quintos (42,0%) da população da UE com idades entre os 25 e os 34 anos tinha cumprido um nível de educação terciária“, assinala o Eurostat.

Entre as mais de 200 regiões para as quais há dados disponíveis, a região da capital da Lituânia está em destaque. Aí 73,6% dos jovens adultos concluíram um grau do ensino superior ou profissional.

“Seguem-se 11 outras regiões onde, pelo menos, 60% dos jovens têm um nível de educação terciária”, realça o Eurostat. Essas regiões localizam-se em França, na Irlanda, na Holanda, na Polónia, na Hungria, na Suécia, no Luxemburgo e na Dinamarca (ver mapa abaixo).

De acordo com o gabinete de estatísticas, muitas destas regiões atraem pessoas altamente qualificadas devido às oportunidades que oferecem ao nível de educação e emprego, mas também de estilo de vida. Já outras regiões regiões atraem estes jovens porque têm indústrias especializadas em alta tecnologia e inovação. É o caso, por exemplo, de Utreque, nos Países Baixos, frisa o Eurostat.

Já Portugal aparece mais abaixo na tabela. A região que consegue a melhor classificação é a Área Metropolitana de Lisboa: 48,5% dos jovens adultos têm educação pós-secundária. Mas também o Norte (45,3%), o Centro (44%) e o Alentejo (43%) superam a média comunitária.

Em contraste, o Algarve (34,9%), a Madeira (35,4%) e os Açores (25,6%) não conseguem chegar ao valor médio do conjunto dos países que compõem a União Europeia.

Ainda assim, estão longe da base da tabela. Essas posições são ocupadas por regiões da Roménia, da Hungria, da Bulgária e da República Checa. A região que está no pior lugar deste ranking está localizada na Roménia e conta com apenas 16% dos jovens adultos com educação terciária.

Segundo o Eurostat, algumas destas regiões ficam em zonas rurais ou isoladas onde as oportunidades de emprego para cérebros altamente qualificados escasseiam.