Bolsa nacional com a pior sessão desde janeiro
O índice de referencia da bolsa nacional desvalorizou 1,5%, acompanhando os pares europeus que acusaram os receios dos investidores relativamente às políticas de Donald Trump.
A bolsa nacional fechou no vermelho, com o principal índice bolsista a deslizar 1,5%. Trata-se da maior queda desde a última sessão do mês de janeiro, com o índice a fechar em mínimos do final de abril. A praça lisboeta não conseguiu resistir à toada de perdas que inundou as principais praças bolsistas da Europa, num dia em que os receios em torno das políticas de Donald Trump afastaram os investidores das ações.
Depois de o jornal The Washington Post ter noticiado que Trump partilhou informação confidencial com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, o New York Times, revelou na terça-feira que o presidente pediu ao diretor do FBI, James Comey, entretanto demitido, que encerrasse a investigação ao seu anterior assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn. Estes desenvolvimentos fizeram ressurgir os receios dos investidores relativamente às políticas da administração de Donald Trump.
O PSI-20 encerrou a sessão com uma queda de 1,5%, para os 5.117,64 pontos, com 14 títulos no vermelho e apenas cinco cotadas em alta. Os CTT, cujas ações se encontram em ex-dividend, comandaram as perdas em Lisboa. Os títulos da empresa liderada por Francisco Lacerda recuaram 6,78%, para os 5,32 euros. Contudo, foram sobretudo as ações da Galp Energia, do BCP e da Jerónimo Martins que mais pesaram no desempenho do PSI-20.
CTT perde 7% em ex-dividend
As ações da petrolífera recuaram 1,51%, para os 14,35 euros, terminando em contraciclo face às cotações do petróleo que aceleravam nos mercados internacionais. Já os títulos do BCP e da Jerónimo Martins, deslizaram 1,22% e 1,18%, respetivamente, para os 21 cêntimos e 17,23 euros.
Nota também para a queda de 2,01% das ações de outra retalhista — a Sonae –, para os 93 cêntimos. Por sua vez, os títulos da EDP deslizaram 0,68%, para os 3,06 euros.
Em sentido oposto fechou a sua participada EDP Renováveis que subiu uns escassos 0,07%, para os 6,96 euros. Já à Ibersol coube liderar os ganhos em Lisboa. As suas ações somaram 0,7%, para os 14,4%.
O desempenho da bolsa nacional contrastou face ao alívio das yields da dívida soberana portuguesa, que no prazo a 10 anos recuaram até mínimos de outubro do ano passado, no dia em que Portugal regressou ao mercado para emitir dívida de curto prazo. O Tesouro conseguiu colocar o máximo previsto, tendo pago juros ainda mais negativos face às operações anteriores.
(atualizado às 17 horas)
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