Gigante têxtil Riopele sobe salário mínimo de 780 para 840 euros já em dezembro

Salário base mensal base na Riopele passa de 780 para 840 euros ainda em 2023. Empresa têxtil diz que quer "contribuir para a melhoria da situação social de grande parte dos seus trabalhadores”.

A administração da Riopele aprovou uma nova atualização salarial, com efeitos a 1 de dezembro, nomeadamente com aplicação no subsídio de Natal, para passar o salário mensal base dos trabalhadores de 780 para 840 euros. Em julho, a empresa têxtil de Vila Nova de Famalicão tinha aumentado o subsídio de alimentação em 70%, para seis euros.

A histórica empresa liderada por José Alexandre Oliveira justifica a medida, que antecipa e supera a subida do salário mínimo nacional dos atuais 760 para 820 euros em 2024, “com o objetivo de contribuir para a melhoria da situação social de grande parte dos seus trabalhadores”.

“Não obstante o momento conjunturalmente adverso, com a maioria dos principais mercados externos em situação anémica, importa investir continuamente no desenvolvimento dos recursos humanos, por forma a ter mais e melhores competências individuais e melhores equipas”, acrescenta.

Numa nota enviada às redações, a Riopele assegura ter em curso um “ambicioso” programa de formação em áreas como gestão, inovação produtiva, sistemas de informação, desenvolvimento comportamental e organizacional, línguas e sustentabilidade, tendo quase duplicado o número de horas de formação ministradas para mais de 50 mil.

“A empresa tem conseguido atrair uma nova geração de talento. Atualmente, a idade média por trabalhador é de 41 anos, uma das mais baixas de toda a fileira da moda em Portugal. Assinala-se que 22% dos trabalhadores tem menos de 30 anos. De igual modo, o número de licenciados ascende atualmente a mais de 12% do total de colaboradores da empresa”, contabiliza a empresa.

Em paralelo, a gigante têxtil portuguesa que no ano passado registou um crescimento homólogo de vendas superior 40%, para um total de 92,6 milhões de euros, e regressou aos resultados líquidos positivos (cerca de 1,2 milhões de euros), assinala os investimentos que está a fazer em “áreas críticas” como a eficiência energética, os sistemas de informação, a I&D ou na área da descarbonização.

A Riopele instalou em setembro uma nova central fotovoltaica de 4,5MWp no complexo industrial de Famalicão com o objetivo de aumentar a utilização de energia limpa nos processos de produção e reduzir a dependência da rede energética. Com este investimento em mais sete mil painéis solares, que vão permitir fornecer cerca de 20% do atual consumo da rede, a gigante têxtil portuguesa passa a totalizar 5.7 GWh de produção de energia renovável por ano.

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