Cibersegurança, Angola e mercado asiático. As apostas da Melo Alves Advogados

A Melo Alves Advogados existe desde 1995 e define-se como uma boutique jurídica, com vocação internacional, cuja atividade é predominantemente orientada para o contencioso penal e contraordenacional, compliance e investigações internas. O ano de 2023 fica marcado pelo ano em que o escritório mudou de instalações para a zona das Amoreiras e de preparação da sua abertura para mais mercados internacionais. E para uma nova aposta em termos de áreas de atuação. Mas vamos por partes.

A Melo Alves Advogados é assumidamente uma sociedade de génese familiar. “Mudamos recentemente para um novo e renovado escritório localizado no centro de Lisboa e renovamos a nossa identidade gráfica, mantendo e honrando o nosso legado familiar. Contamos com 11 profissionais focados no projeto da sociedade”. Os sócios fundadores são Carlos e Tiago Melo Alves. Mais recentemente, juntou-se Bruno Melo Alves, que veio da Vieira de Almeida (VdA).

“Entendemos que a prática da advocacia em boutiques jurídicas altamente especializadas, sobretudo nas áreas do direito penal e contraordenacional, das investigações internas e do compliance, constitui o modelo ideal para o desenvolvimento de soluções jurídicas de elevado valor acrescentado. Para esse fim, decidimos desenvolver também as áreas da privacidade, da proteção de dados pessoais e da cibersegurança, por entendermos constituírem áreas estratégicas para uma compreensão completa e integrada de uma sociedade e economia crescentemente dependentes das tecnologias digitais”, explica Tiago Melo Alves, managing partner, em declarações à Advocatus.

“Entendemos que estas são disciplinas fundamentais à compreensão da sociedade moderna, crescentemente digitalizada e dependente das tecnologias de informação e comunicação, que perpassam de forma transversal pelas demais áreas de atuação atualmente existentes na firma, tais como as áreas penal, compliance e Investigações Internas, em especial nos domínios da anticorrupção e do anti-branqueamento de capitais, tendo vindo a assumir nos últimos anos uma importância crescente no setor das políticas de privacidade de empresas e organizações”.

Um projeto cujo mentor foi Abel Melo Alves

A Melo Alves Advogados nasceu de um projeto familiar tendo como mentor Abel Melo Alves, magistrado, coordenador da Polícia Judiciária e advogado, no início dos anos oitenta. Como seus precursores, Carlos Melo Alves, e Tiago Melo Alves, fundaram a atual sociedade, a que se juntou no final de 2023 Bruno Melo Alves. Com a entrada de Bruno Melo Alves para o colégio de sócios, a sociedade abriu-se ao mundo, reforçando o seu posicionamento na advocacia portuguesa como uma boutique jurídica no contencioso penal e contraordenacional, compliance e investigações internas, áreas que quer ver expandidas para outras jurisdições.

O posicionamento internacional da Melo Alves desenvolveu-se, assim, a partir da necessidade de assistir vários clientes de matriz internacional no mercado asiático e em alguns países de língua oficial portuguesa, sendo potenciada pela abertura ao mercado internacional decorrente, sobretudo, da entrada do novo sócio, Bruno Melo Alves, para o colégio de sócios da Melo Alves.

Parceria com escritório angolano

Bruno Melo Alves, coordenador do Angola Desk da Melo Alves, esteve muito recentemente em Luanda onde assinou um acordo de parceria com a Eckaley, uma sociedade de advogados reconhecida no mercado angolano, liderada pelo advogado Edson Kaley e que conta com uma estrutura de 10 advogados.

“Através desta parceria, a Melo Alves Advogados combina o know how alinhado com padrões internacionais, com um profundo conhecimento da realidade local, o que permite acompanhar assuntos de clientes de matriz internacional, incluindo naturalmente empresas portuguesas, no mercado angolano, observando elevados padrões de qualidade”, explica o sócio Bruno Melo Alves.

“Os 16 anos de experiência do nosso novo sócio, Bruno Melo Alves, na prestação de serviços jurídicos, numa base diária, a empresas multinacionais dos mais diversos setores de atividade, constituem uma enorme mais-valia para a prossecução deste projeto ambicioso em Angola”, explica Tiago Melo Alves.

Aposta no mercado asiático

A Melo Alves aposta também no mercado chinês – abrangendo ainda os mercados de Macau, Indonésia, China, Vietname e Nepal – “e que designamos na nossa oferta internacional de Asian Desk, que complementa o Angola Desk pelas relações existentes entre estes dois mercados”, explica ainda o managing partner do escritório.

A Asian Desk conta na sua equipa com advogados de nacionalidade luso-chinesa, liderada por Jorge Chang a que se juntaram Gabriela Cheang e Serena Huang, capazes de fazer a ponte e assistir investidores portugueses e asiáticos, juntamente com a restante equipa da firma, na Ásia e nos países lusófonos.