UE condena realização de presidenciais russas nos territórios ucranianos ocupados
"A Rússia não tem qualquer base legítima para levar a cabo tal ação no território internacionalmente reconhecido da Ucrânia", acrescentou Borrell.
A União Europeia (UE) condenou esta terça-feira veementemente a “nova tentativa” russa para legitimar a anexação “temporária e ilegal” dos territórios ucranianos, após Moscovo marcar eleições presidenciais para março de 2024, envolvendo as regiões tomadas à Ucrânia.
“A UE condena veementemente esta nova tentativa da Rússia de legitimar a anexação temporária e ilegal dos territórios da Ucrânia. As chamadas ‘eleições’ violam grosseiramente a Carta das Nações Unidas e a independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia”, sublinhou, em comunicado, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
“A Rússia não tem qualquer base legítima para levar a cabo tal ação no território internacionalmente reconhecido da Ucrânia”, acrescentou Borrell, lembrando que, segunda-feira, a Comissão Eleitoral Central da Rússia decidiu organizar as presidenciais de 15 a 17 de março de 2024 também nos “territórios da Ucrânia que a Rússia ocupou temporariamente em flagrante violação do direito internacional”.
Para o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, a UE “nunca reconhecerá a realização das chamadas ‘eleições’ russas” ou os seus resultados nos territórios da Ucrânia. “Os dirigentes políticos russos e as pessoas envolvidas na sua organização enfrentarão as consequências destas ações ilegais. A UE reafirma o apoio inabalável à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia e ao seu direito inerente de autodefesa”, acrescentou.
A Crimeia, Kherson, Zaporijia, Donetsk e Lugansk, frisou Borrell, “são parte integrante da Ucrânia”, razão pela qual a Rússia “deve retirar imediata, completa e incondicionalmente” todas as suas tropas e equipamento militar de “todo o território da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”. “A União Europeia continuará a prestar um forte apoio financeiro, económico, humanitário, militar e diplomático à Ucrânia para combater a agressão russa”, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, concluiu Borrell.
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