André Pestana reeleito em eleições que direção do Stop considera ilegais
O processo é considerado ilegal pela "direção em exercício" do Stop que já anunciou que iria apresentar uma queixa ao MP contra André Pestana que, por sua vez, diz que vai processar os "ex-dirigentes"
O coordenador do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), André Pestana, foi reeleito para o cargo em eleições, realizadas na quarta-feira, que a “direção em exercício” considera ilegais.
Nas eleições dos novos órgãos sociais do sindicato para o triénio 2023-2026, foi eleita a única lista candidata, encabeçada por André Pestana, com 98,7% dos votos, registando-se ainda 0,65% de votos brancos e 0,65% de votos nulos.
Em comunicado, o Stop refere que a Assembleia Geral Eleitoral, realizada na quarta-feira, contou com a participação de 318 associados.
As eleições para os novos órgãos sociais realizaram-se menos de três meses depois de uma Assembleia Geral de Sócios, reunida em 30 de setembro, ter decidido destituir os corpos gerentes e ter elegido comissões provisórias, mantendo André Pestana como coordenador.
Todo o processo é considerado ilegal pela “direção em exercício” do Stop que, na quarta-feira, anunciou que iria apresentar uma queixa ao Ministério Público contra André Pestana que, por sua vez, afirma que vai processar os “ex-dirigentes”.
Num comunicado publicado no site oficial do sindicato e assinado pela “direção em exercício” é anunciada a apresentação de uma queixa para “obter respostas, repor a verdade e a legalidade” e devolver o Stop aos associados, acusando André Pestana de não prestar informações sobre a situação financeira do sindicato, declarações falsas nas fichas de inscrição e a ligação política do coordenador ao partido MAS (Movimento Alternativa Socialista).
Questionado pela Lusa sobre esta situação, André Pestana contrapõe que “esses dirigentes já foram destituídos em 30 de setembro” e que, nesse sentido, é o próprio sindicato que “vai processar esses ex-dirigentes que continuam a usar indevidamente o site do Stop e os emails dos sócios, para quem mandam informações falsas”.
Reiterando que a comissão provisória foi devidamente eleita no final de setembro e que já alterou estatutos em 31 de outubro, tendo esses novos estatutos sido “reconhecidos pela DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho] e publicados em BTE [Boletim do Trabalho e Emprego]”, André Pestana lembra ainda que as “entidades competentes reconheceram os pré-avisos” do Stop para a recente greve nacional.
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