Mota-Engil vende operação na Polónia a construtora húngara por 90 milhões de euros

Com a alienação do negócio de construção e imobiliário na Polónia, a construtora vai concentrar a atividade nos mercados principais. Negócio com Duna Aszfalt1 deverá estar fechado até junho de 2024.

A Mota-Engil vai vender a sua operação na Polónia à construtora húngara Duna Aszfalt1, segundo adiantou a empresa. A transação será feita por um enterprise value de cerca de 90 milhões de euros e deverá estar concluída até ao final do primeiro semestre de 2024.

“A MOTA-ENGIL S.G.P.S., S.A. informa que, no âmbito da sua estratégia de desenvolvimento de negócio com foco nos principais mercados definidos no Plano Estratégico Building´26, e avaliada a oportunidade financeira resultante de contactos promovidos no âmbito de oportunidades estudadas em conjunto pelos dois grupos, chegou a acordo com a Duna Aszfalt1 para a alienação da Mota-Engil Central Europe (MECE) e Construção e Promoção Imobiliária”, indica em comunicado.

A construtora portuguesa adianta que, com esta alienação, a “Mota-Engil reforça a sua estratégia de seletividade na alocação dos seus investimentos, aumentando por essa via o foco do seu negócio core nos países de maior crescimento e potencial, e reforçando o balanço“.

Prevê-se que a concretização da transação, dependente da obtenção de diversas autorizações por parte de autoridades locais e financiadores, ocorra até ao final do primeiro semestre de 2024.

A Mota-Engil Central Europe é uma das maiores empresas de construção polacas, especializada em construção de estradas e pontes, ferrovias e eletricidade.

Do portefólio de projetos realizados nas décadas de atividade que leva na Polónia, a empresa nortenha destaca no seu site a participação num dos poucos projetos implementados sob a fórmula PPP (Parking Podziemny Projektów): a construção de estacionamento subterrâneo na Nowy Targ Square, em Wrocław. Possui ainda uma “próspera” mina de granito em Górka Sobocka.

Nos resultados do primeiro semestre de 2023, a empresa liderada por Carlos Mota Santos realçava “uma ligeira melhoria [do volume de negócios] no mercado polaco, mesmo assim fortemente limitado pelo conflito armado que subsiste na Ucrânia“.

Ainda assim, a empresa destacava que “a Polónia contribuiu com um aumento de 53% e Portugal com um aumento de 8%” para o crescimento de 16% do volume de negócios na Europa para a 291 milhões de euros, na unidade de engenharia e construção, na primeira metade do ano”.

Apesar do contributo positivo da operação na Polónia, Portugal contribuiu com cerca de 70% para o volume de negócios da Europa – E&C (cerca de 75% no primeiro semestre de 2022), apontava ainda o grupo no mesmo documento.

(Notícia atualizada às 13:15)

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