“Linha em anel” do metro aumentará fluidez da circulação em Lisboa, diz Costa
Costa afirmou que a futura extensão do metro à zona ocidental de Lisboa, mais concretamente a Alcântara, através da linha vermelha, constituirá "uma revolução" em termos de mobilidade.
O primeiro-ministro manifestou-se esta terça-feira confiante que as novas estações e troço do metropolitano de Lisboa estarão concluídos dentro dos prazos e que a futura “linha em anel” do metro vai aumentar a fluidez da circulação na capital. António Costa assumiu esta posição no final de uma visita que efetuou à futura estação da Estrela do metropolitano de Lisboa, depois de ter percorrido a pé parte dos dois quilómetros da nova linha até à também nova estação de Santos.
As estações de Santos e da Estrela vão integrar a futura linha circular do Metropolitano de Lisboa, ligando-se às atuais linhas verde, através do Cais do Sodré, e amarela, a partir do Rato. Tendo ao seu lado os ministros da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, o líder do executivo, no seu discurso, defendeu a opção do seu Governo pela construção de uma linha circular no Metropolitano de Lisboa – opção essa que não teve a concordância de partidos como o PCP e PSD, incluindo o presidente da Câmara, Carlos Moedas.
António Costa começou por afirmar que a futura extensão do metro à zona ocidental de Lisboa, mais concretamente a Alcântara, através da linha vermelha, constituirá “uma revolução” em termos de mobilidade. Já em relação à futura linha circular, advogou que “terá uma importância crucial” para a cidade, porque não se trata apenas de ligar o Rato ao Cais do Sodré, com mais dois quilómetros” de linha.
“Este vai ser um segmento de dois quilómetros que formará um anel e que, pela primeira vez, permitirá criar em Lisboa uma linha circular. Quem estiver em Alvalade e quiser vir para a zona do Rato, não tem de dar a volta que agora se dá. Portanto, as pessoas, sem terem de andar a fazer transbordos, podem circular entre as zonas oriental e ocidental da cidade”, alegou. Para o primeiro-ministro, a futura linha circular de metro vai permitir “aumentar a fluidez da circulação na cidade”.
“É a primeira obra que verdadeiramente serve exclusivamente a cidade de Lisboa e que aumentará significativamente a fluidez da circulação em Lisboa. Uma obra que foi definida como prioritária pela cidade e que, por isso, estamos hoje aqui a realizar”, sustentou, aqui numa alusão ao anterior executivo camarário liderado pelo socialista Fernando Medina.
Na sua intervenção, o líder do executivo salientou também “o grau de maturidade” da obra de construção das novas estações de metro, embora estejam menos avançados os trabalhos entre Santos e o Cais do Sodré — a parte mais complexa em termos de engenharia. “Nos prazos previstos, esta obra poderá entrar em funcionamento. É necessário prosseguir e concluir esta obra para melhorar a circulação na cidade e para contribuirmos para enfrentar as alterações climáticas”, declarou.
A seguir, na parte final do seu discurso, fez uma alusão ao contexto do país na conjuntura económica e financeira internacional. “Esta obra é também para ajudar ao desenvolvimento do conjunto da nossa economia. É com estas obras e com estes investimentos que ajudamos a economia a continuar a crescer, sobretudo em 2024 – um ano em que a crise económica atinge fortemente muitos dos nossos clientes internacionais, em que necessariamente as exportações serão afetadas e, por isso, é particularmente importante a necessidade de aumentar o investimento público”, acrescentou.
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