PCP acusa direita de ser recordista no corte de rendimentos
Paulo Raimundo criticou também o Governo do PS por atribuir 1.600 milhões de euros em benefícios fiscais aos grupos económicos.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, acusou esta terça-feira os partidos da direita de terem o recorde dos cortes de rendimentos, alcançado no tempo da troika, e voltou a defender aumentos das reformas e pensões. Paulo Raimundo, que falava num almoço-convívio em Couço, no distrito de Santarém, reiterou a proposta de criação de uma rede pública de lares e de redução do preço de bens essenciais.
O também cabeça de lista da CDU por Lisboa considerou que os partidos da direita foram os “recordistas dos cortes das pensões no tempo da troika“, com uma política que “era a deles, que sempre foi a deles e que continua a ser a deles”. Paulo Raimundo criticou também o Governo do PS por atribuir 1.600 milhões de euros em benefícios fiscais aos grupos económicos, em vez de usar esse valor “para aumentar as reformas e as pensões de dois milhões de pessoas”.
O dirigente comunista acusou o PS e os partidos da direita de “favorecerem os grupos económicos” e de “promoverem retrocessos sociais”. Na sua opinião, os reformados e pensionistas sabem que do “PSD e CDS, tal como do Chega e IL, só virão retrocessos, tanto para eles como para os seus filhos e netos”. Paulo Raimundo indicou que as medidas do PCP para aumentar os rendimentos “de quem trabalha e trabalhou uma vida inteira” foram todas rejeitadas pelo PS, PSD, Chega e IL.
“Rejeitaram todas e cada uma delas, alegando muitas das vezes que não há dinheiro, nunca há dinheiro para os reformados, em particular para os 72% de reformados que vivem com pensões abaixo dos 500 euros, mas há sempre dinheiro para os grupos económicos”, acusou. Raimundo defendeu a redução do preço de bens alimentares e a redução do IVA nas telecomunicações, na energia e no gás.
Para “mudar de política e abrir um caminho novo”, o cabeça de lista do PCP por Lisboa apelou ao voto na CDU nas eleições legislativas de 10 de março. Segundo o dirigente comunista, os reformados, pensionistas e idosos merecem “respeito, consideração e qualidade de vida” e para isso, é necessário criar uma rede pública de lares com 80 mil vagas, até 2026, e aumentar as reformas e pensões num mínimo de 7,5%.
O secretário-geral dos comunistas considerou existirem recursos suficientes para pôr esta medida em prática, se a “opção for valorizar quem trabalha e quem trabalhou uma vida inteira”, defendendo que esta medida deveria ser concretizada em abril, no ano em que se assinalam os 50 anos da Revolução dos Cravos. O secretário-geral do PCP terminou a intervenção com um apelo ao voto na CDU, que considerou ser a “alternativa da palavra, da dignidade e da confiança”.
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