Exclusivo Pestana e Alves Ribeiro na corrida à construção do hotel de luxo do CCB

  • Ana Petronilho
  • 18 Janeiro 2024

As duas candidatas ao concurso público têm até 6 de março para apresentar as propostas para a construção do hotel de luxo, dos apartamentos turísticos e das lojas. Investimento ronda os 80 milhões.

O grupo Pestana e a construtora Alves Ribeiro são “as duas empresas portuguesas com atividade internacional” candidatas a construir os dois módulos no Centro Cultural de Belém, onde vão funcionar um hotel de luxo, apartamentos turísticos e lojas, revelou ao ECO a Fundação CCB. O projeto conta com um investimento que se vai situar entre os 70 e os 80 milhões.

As duas candidatas ao concurso público internacional demonstraram ter “capacidades técnica e financeira suficientes”, de acordo com os critérios fixados no caderno de encargos, e já foram convidadas a apresentar a proposta, revelou ainda ao ECO o CCB.

O prazo para as propostas termina a 6 de março (50 dias após o convite) e serão abertas no dia seguinte para serem analisadas pela comissão independente de cinco elementos que está a conduzir o concurso que entra, então, na fase de negociação para que sejam submetidas as versões finais das propostas que não podem ser alteradas durante 180 dias.

O critério de escolha do vencedor vai ter em conta “a proposta economicamente mais vantajosa” para o CCB, sendo que o valor da renda proposta terá um peso de 65% e a qualidade técnica da proposta os restantes 35%.

Para apresentar candidatura ao projeto New Development, foi exigido aos candidatos que apresentem uma “experiência mínima de cinco anos consecutivos na gestão, simultânea ou sucessiva de, pelo menos, dois estabelecimentos hoteleiros com posicionamento igual ou superior a upper midscale (de quatro estrelas ou superior)”. Foi ainda exigido que as candidatas tenham sob gestão, “no momento da apresentação da candidatura”, pelo menos, dois estabelecimentos hoteleiros de quatro estrelas ou superior e que, “pelo menos, um desses estabelecimentos hoteleiros tenha um mínimo de 150 quartos”.

No campo financeiro era exigido ainda às candidatas que apresentem capitais próprios acima de 30%.

CCB quer abrir hotel e apartamentos turísticos em 2027

A intenção da Fundação do CCB, de acordo com o ex-presidente Elísio Summavielle, é ter o novo hotel de luxo com 161 quartos duplos, os 126 apartamentos turísticos e as lojas em funcionamento em 2027.

As adjudicatárias para construir os dois módulos (4 e 5) vão concessionar os imóveis, que totalizam cerca de 23 mil metros quadrados, por um prazo de 65 anos, que pode ser prorrogado até 75 anos.

De acordo com o caderno de encargos, nos primeiros quatro anos, o adjudicatário fica sujeito ao pagamento de uma “renda mínima fixada em 350 mil euros, sem IVA, durante a construção”, que, posteriormente, sobe gradualmente até 1,25 milhões já com o hotel em funcionamento.

Esta é a segunda vez que o CCB lança o concurso para a construção dos dois módulos, previstos há 30 anos. Já no final de 2018, o CCB lançou um concurso público internacional para a construção, instalação e exploração de uma unidade hoteleira e uma galeria comercial, onde cabem lojas e escritórios.

O anterior concurso previa uma concessão por um prazo de 50 anos e durante os dois anos de construção dos edifícios, o concessionário pagaria uma renda anual de 300 mil euros, que subiria para um valor mínimo de 900 mil euros quando o hotel e lojas estivessem em funcionamento. Condições que acabaram por afastar todos os interessados e, naquela altura, apenas a Mota-Engil se apresentou a concurso. O projeto não chegou a ser adjudicado “devido à conjuntura de pandemia”, disse o CCB.

Com as receitas desta concessão, o ex-presidente da Fundação do CCB disse ainda estar convicto que será possível “aumentar a qualidade da oferta cultural”.

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