Autoeuropa afasta “restrições significativas” devido a ataques no Mar Vermelho

“A Volkswagen está em estreita coordenação com as companhias marítimas e monitoriza de perto a situação, a fim de avaliar o impacto na produção e no abastecimento do mercado", indica a empresa.

A Autoeuropa não espera sofrer “restrições significativas” na sua fábrica de Palmela devido aos ataques dos rebeldes xiitas iemenitas huthis no Mar Vermelho. Apesar de muitas empresas de transporte marítimo estarem a desviar rotas e, consequentemente, haver vários fabricantes na Europa a suspender a produção, o Grupo Volkswagen está a “monitorizar a situação de perto” para evitar impactos na produção, avançou ao ECO fonte oficial da empresa.

“Da forma como as coisas estão hoje, a marca Volkswagen de automóveis de passageiros não espera quaisquer restrições significativas à produção nas suas fábricas.” É esta a posição oficial que o grupo alemão transmitiu ao ECO quando questionados sobre o impacto da crise no Mar Vermelho que já se está a refletir nas empresas portuguesas fornecedoras de componentes automóveis, como avançou o ECO esta quarta-feira.

Da forma como as coisas estão hoje, a marca Volkswagen de automóveis de passageiros não espera quaisquer restrições significativas à produção nas suas fábricas.

Fonte oficial Grupo Volkswagen

“A Volkswagen está em estreita coordenação com as companhias marítimas e monitoriza de perto a situação, a fim de avaliar o impacto na produção e no abastecimento do mercado e, na medida do possível, evitá-lo”, acrescentou a mesma fonte oficial. Recorde-se que empresas como a Tesla, Volvo e a Suzuki anunciaram a suspensão de parte da sua produção nas fábricas na Europa, em reação às perturbações nas cadeias de fornecimento.

A tranquilidade do Grupo Volkswagen resulta do facto de “quase todas as grandes companhias marítimas” já terem começado “a redirecionar os seus navios em dezembro”. “Isto garantirá que a carga chegue ao seu destino, embora com um ligeiro atraso”, afiança fonte oficial.

Esta quarta-feira mais três transportadoras marítimas japonesas – Nippon Yusen, Mitsui OSK Lines e Kawasaki Kisen – confirmaram a suspensão do trânsito de todas as suas cargas através do Mar Vermelho, devido ao forte aumento das tensões nesta região.

Desde novembro, os rebeldes huthis, apoiados pelo Irão e que controlam grande parte do Iémen, aumentaram os ataques no Mar Vermelho contra navios que suspeitam estarem ligados a Israel. Uma forma de solidariedade para com os palestinianos, apanhados na guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro.

As tensões no Mar Vermelho, uma estreita passagem marítima pela qual passa cerca de 12% do comércio mundial, aumentaram ainda mais desde o final da semana passada com os ataques do Reino Unido e dos Estados Unidos contra os huthis.

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