Marcelo comunicou à GNR e PSP que defende regime equiparado ao da PJ

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2024

O Presidente da República defende que "os profissionais da GNR e da PSP, e das outras polícias, devem ter regime compensatório equiparado ao da Polícia Judiciária".

O Presidente da República comunicou às chefias da GNR e da PSP e à plataforma de dirigentes associativos e sindicais que defende para estas forças um regime compensatório equiparado ao da PJ.

Esta informação consta de uma nota publicada esta sexta-feira no sítio oficial da Presidência da República na Internet, na qual se recorda a posição tomada por Marcelo Rebelo de Sousa em 29 de dezembro, ao promulgar o diploma do Governo que regula a atribuição de um suplemento de regime especial de prestação de trabalho na Polícia Judiciária (PJ). A nota tem como título: Os profissionais da GNR e da PSP, e das outras polícias, devem ter regime compensatório equiparado ao da PJ”.

Sobre a posição tomada pelo chefe de Estado em 29 de dezembro, ao promulgar o regime da PJ, recorda-se: “Nessa nota, na linha de posição de princípio, há anos expressa – nomeadamente aquando da revisão no estatuto das magistraturas –, o Presidente da República defendeu, para as outras forças de segurança, regime compensatório equiparável ao da PJ, bem como recomendou tal preocupação a Governo a sair das próximas eleições”.

A Presidência da República acrescenta que “desta posição já foi dado conhecimento ao ministro da Administração Interna, ao comandante-geral da GNR e ao diretor nacional da PSP, bem como, hoje mesmo, ao representante da plataforma dos dirigentes associativos e sindicais”. Isso aconteceu “antes, portanto, da concentração convocada para domingo, junto ao Palácio de Belém”, assinala-se.

O chefe de Estado entende que, “tomada esta posição, muito clara e inequívoca”, não deve agora “acrescentar qualquer outra declaração ou atitude pública, num tempo eleitoral, em que a matéria tem sido objeto de intervenções partidárias, e, em especial, após a dissolução da Assembleia da República, no passado dia 15 de janeiro”.

Elementos da PSP e da GNR estão há mais de uma semana em protestos por melhores condições de trabalho e salariais, exigindo um suplemento de missão idêntico ao atribuído na PJ.

Em 29 de dezembro, Marcelo Rebelo de Sousa fez publicar uma nota sobre a promulgação do suplemento de regime especial de prestação de trabalho na PJ e do diploma que procede à valorização remuneratória da Polícia Municipal, na qual escreveu que, “não obstante a razoabilidade das medidas constantes destes diplomas, a sua aprovação pelo Governo suscitou desde logo uma verdadeira onda de insatisfação e de contestação”.

Nessa nota, mencionou a contestação “por parte dos sindicatos e das associações representativas de outras classes das forças de segurança” e também “de associações das Forças Armadas, bem como dos trabalhadores das carreiras gerais da PJ”, por “alegado tratamento desigual” e “invocada discrepância e disparidade de valores a auferir”.

“O Presidente da República chama assim a atenção do Governo que venha a entrar em plenas funções após as próximas eleições legislativas, para a justa insatisfação destas outras entidades e para a imperiosidade e urgência de medidas que deem sequência ao trabalho já em curso no atual executivo e possam também compensar os membros dessas forças pelos esforços, sacrifícios e riscos que enfrentam no exercício das respetivas funções, o que é particularmente patente em situações de atuação conjunta, como nas de controlo de fronteiras”, afirmou, na altura.

Na nota, a Presidência da República menciona que Marcelo Rebelo de Sousa recebeu do Governo o projeto de decreto-lei que regula a atribuição do suplemento de regime especial de prestação de trabalho na PJ em 5 de dezembro. Uma semana mais tarde, em 12 de dezembro, o chefe de Estado “recebeu uma tomada de posição de uma plataforma reunindo seis associações de profissionais da GNR e seis sindicatos da PSP, não criticando os aumentos para a PJ mas chamando a atenção para o tratamento desigual e discriminatório a que os profissionais da GNR e da PSP estavam a ser sujeitos”.

(Notícia atualizada às 16h40)

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