“Pedro Nuno Santos é mais do mesmo, é um ministro reciclado”, critica Cecília Meireles

Lembrando as várias polémicas sobre a TAP, a ex-deputada do CDS afirmou que, "em qualquer país do mundo, Pedro Nuno Santos seria um ministro demitido, mas em Portugal é candidato a primeiro-ministro".

A antiga deputada do CDS, Cecília Meireles, subiu ao palco da convenção da AD, este domingo, para resumir o significado do conclave que une PSD, CDS e PPM: “Mudança.” E depois passou ao ataque: “Pedro Nuno “é mais do mesmo, é um ministro reciclado.”

Recordando a polémica indemnização de meio milhão de euros paga à ex-administradora da TAP, Alexandra Reis, a ex-vice-presidente da bancada do CDS afirmou que, “em qualquer país do mundo, Pedro Nuno Santos seria um ministro em demitido, mas, em Portugal, é candidato a primeiro-ministro”.

“A grande bandeira do PS era a reversão da privatização da TAP em 2016, mas nomeou administradores e oito anos e 3 mil milhões de euros depois, o Estado está a tratar da privatização da TAP e, entre bicicletas, histórias rocambolescas, assessores, teve um ministro que pediu publicamente informação sobre uma decisão que ele próprio tinha tomado”, indicou a ex-deputada, referindo-se à indemnização de Alexandra Reis.

Cecília Meireles, ex-deputada do CDS na Convenção da AD, no Estoril. Hugo Amaral/ECO

Cecília Meireles fez questão ainda de afastar o Chega do cenário pós-eleitoral, sem mencionar o partido de André Ventura: “Se queremos mudar, então sabemos que, feitas as contas, com todos os cenários, há uma coisa inegável, no final, no dia 11, 12 de março. Só há duas pessoas que poderão ser primeiro-ministro, uma é mais do mesmo, é um ministro reciclado, outro está nesta sala e simboliza a AD”. “Protestar não basta. É preciso fazer diferente e fazer melhor. Votem AD!”, proclamou.

A advogada criticou depois algumas das linhas programáticas do PS de Pedro Nuno Santos. “Então Pedro Nuno Santos diz que o Estado não pode apoiar de forma indiscriminada empresas e setores?”, ironizou.

Cecília Meireles lembrou que “o Estado ficou com 70% das verbas do PRR, ficou com a fatia de leão”. “E do alto disto tudo o problema de Portugal é que as empresas foram demasiado apoiadas e de forma indiscriminada?”, continuou.

Os setores estratégicos para Pedro Nuno Santos são “os setores das empresas que são clientes do Estado e isso é uma economia clientelária”, alertou Meireles. “E isso não é estratégico para Portugal”, rematou.

(Notícia atualizada às 18h23)

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