Taxa de juro dos novos créditos à habitação cai pelo terceiro mês consecutivo

Apesar das taxas de juro das novas operações de empréstimos para a compra de casa estar a corrigir desde outubro, permanece acima da média da taxa de juro média praticada na Zona Euro.

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação voltou a contabilizar uma correção pelo terceiro mês consecutivo. É preciso recuar até fevereiro de 2021 para se encontrar um período com tantos meses de queda das taxas de juro.

Segundo dados divulgados estas quinta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro das novas operações dos empréstimos para a compra de casa baixou de 4,23% em novembro para 4,12% em dezembro, após terem alcançado um máximo em mais de uma década de 4,27% em setembro do ano passado.

No entanto, o Banco de Portugal nota que a atual taxa de juro das novas operações permanece acima da média da área do euro, apesar de a diferença se ter reduzido, “de 0,36 pontos percentuais em dezembro de 2022 para 0,12 pontos percentuais em dezembro de 2023”.

A entidade liderada por Mário Centeno apresenta também, pela primeira vez, uma desagregação das novas operações de empréstimos que permite, por exemplo, observar que, enquanto as taxas de juro médias dos novos contratos de crédito à habitação se situaram em 3,98% em dezembro, “as taxas de juro médias dos contratos renegociados cresceram até ao final do ano, atingindo 4,40% em dezembro”.

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Os dados do Banco de Portugal revelam ainda que, apesar de o montante das novas operações de crédito à habitação terem corrigido 3,4% em dezembro, registou um crescimento de 40% no último ano.

Desagregando esse valor, verifica-se que o montante contabilizado na renegociação de empréstimos à habitação voltou a corrigir pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, para cerca de 636 milhões de euros, como resultado de uma queda de 14,75%. No entanto, mais do que duplicou no espaço do último ano.

Bem diferente continua a ser o comportamento dos novos contratos celebrados para a compra de casa, que desde abril desenha uma tendência de subida. Em dezembro, o montante contratualizado em novos créditos à habitação aumentou 3,2% para 1.323 milhões de euros.

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