Greve começa à meia-noite. Saiba o que vai afetar

  • Lusa
  • 25 Maio 2017

"Creio que vai ser uma grande greve, um ponto alto da luta", disse Ana Avoila, dirigente sindical da Frente Comum, que antevê uma grande adesão, especialmente nas escolas, hospitais e cultura.

A greve nacional da Função Pública convocada para sexta-feira pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSTFPS) inicia-se às 00:00 e deverá afetar sobretudo escolas, serviços de saúde e ainda da cultura.

Com o lema “Soluções já!”, a paralisação – a primeira deste ano e a segunda do Governo de António Costa – abrange toda a administração direta do Estado (ministérios e serviços públicos) e poderá mesmo encerrar muitos serviços, como avisou a dirigente Ana Avoila.

Pelas 00:00, a federação realizará uma conferência de imprensa junto à entrada das urgências do Hospital de S. José para anunciar os primeiros resultados da greve iniciada nessa altura, que serão atualizados pelas 12:00 na sede da FNSTFPS, em Lisboa.

O protesto foi anunciado no início de abril para reivindicar aumentos salariais, pagamento de horas extraordinárias e as 35 horas de trabalho semanais para todos os funcionários do Estado. O regime das 35 horas foi reposto em julho de 2016, deixando de fora os funcionários com contrato individual de trabalho, sobretudo os que prestam serviço nos hospitais EPE.

A federação tem uma grande expectativa em relação à adesão dos funcionários públicos a esta greve, não apenas nos serviços onde a adesão tradicionalmente é mais significativa (saúde e educação), mas também em outros setores, como na cultura que teve uma greve há pouco tempo, nas finanças e nos serviços da Segurança Social.

“As expectativas são elevadas porque os trabalhadores não se sentem bem. Creio que vai ser uma grande greve, um ponto alto da luta. O Governo vai reparar nisso e vai ter que negociar com os sindicatos outras condições que não estas que temos atualmente”, disse a dirigente Ana Avoila, em declarações recentes à agência Lusa.

A FNSTFPS, afeta à CGTP, é composta pelos sindicatos do Norte, Centro, Sul e consulares e representa 330 mil funcionários. “Os sinais que vêm é que vai haver muitos serviços parados e, portanto, vamos esperar para ver”, afirmou também.

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