Famílias portuguesas são das que mais ganharam poder de compra no último ano
O rendimento real das famílias nacionais aumentou 1,81% entre o terceiro trimestre de 2022 e o terceiro trimestre de 2023. Na Zona Euro só a Grécia registou um desempenho melhor.
O rendimento real das famílias portuguesas aumentou, em média, 1,81% entre o terceiro trimestre de 2022 e o terceiro trimestre de 2023. Trata-se de um ganho cinco vezes acima da média registada pelos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que já divulgaram os dados.
Segundo os dados divulgados esta quinta-feira pela OCDE, apenas as famílias húngaras, polacas e gregas registaram um aumento real dos seus rendimentos acima dos níveis de Portugal neste período. Na Zona Euro, só a Grécia teve um desempenho melhor que Portugal.
O ganho real dos rendimentos das famílias portuguesas (que tem em conta a inflação) entre o terceiro trimestre de 2022 e o terceiro trimestre de 2023 foi também acompanhado por um crescimento de 1,61% do PIB real per capita, que fez de Portugal o país com a maior taxa de crescimento do PIB real por habitante da União Europeia neste período.
No fundo da tabela da evolução do poder de compra das famílias no último ano está a Áustria, Irlanda e Suécia, que registaram perdas homólogas reais dos rendimentos de 9,56%, 4,65% e 4,51%, respetivamente.
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Apesar deste ganho real homólogo dos rendimentos por parte das famílias nacionais, os dados da OCDE revelam que, no terceiro trimestre, a dinâmica esmoreceu, com as famílias portuguesas a registarem uma perda real de 0,28% dos seus rendimentos face aos números registados no trimestre anterior.
Este número foi também acompanhado por uma queda de 0,26% do PIB per capita em Portugal neste período, e compara com uma perda média de 0,2% dos rendimentos reais das famílias dos países da OCDE.
Entre os 21 dos 38 países da OCDE que já disponibilizaram dados, 11 contabilizaram ganhos reais dos salários das famílias no terceiro trimestre de 2023, com particular destaque para a Hungria que registou uma taxa de crescimento de 5,5% “devido ao forte crescimento das remunerações dos trabalhadores, dos rendimentos do trabalho independente e dos rendimentos de propriedade”, refere a OCDE em comunicado.
Em oposição estiveram os restantes dez países, onde se inclui Portugal. Neste grupo, o destaque recai para as famílias espanholas que, entre julho de setembro de 2023 contabilizaram uma perda real de 2,09% dos seus rendimentos face ao trimestre anterior, por conta do “de um aumento dos impostos sobre o rendimento e o património”, revela a OCDE.
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