Lucros da Euronext sobem 17% em 2023 para níveis históricos
A empresa que gere as sete bolsas Euronext, onde se inclui a bolsa de Lisboa, apresentou lucros recorde de 513,6 milhões, mas ficaram 7,2% abaixo das estimativas dos analistas.
O grupo Euronext encerrou as contas de 2023 com lucros históricos de 513,6 milhões de euros. Trata-se de uma subida de 17,3% face aos números de 2022 e 2,3 vezes mais que os resultados alcançados em 2019.
Foi o quinto ano consecutivo que o grupo liderado por Stéphane Boujnahent entregou aos seus acionistas uma subida dos lucros. No entanto, os números apresentados esta quinta-feira ficaram 7,2% abaixo das estimativas dos analistas que acompanham a empresa, que antecipavam lucros de 553,6 milhões de euros.
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Os resultados de 2023 do grupo que gere as sete bolsas Euronext, onde se inclui a praça portuguesa, mostram também uma subida anual de 3,9% das receitas e rendimentos, que se fixaram nos 1.474,7 milhões de euros, ficando em linha com o que era antecipado pelo consenso de analistas, de acordo com dados da Refinitiv.
A empresa revela ainda que o EBITDA ajustado alcançou 864,7 milhões de euros, mais 0,4% face a 2022, que proporciona uma margem EBITDA ajustada de 58,6%, permanecendo perto dos números de 2022. “Numa base comparável, o EBITDA ajustado para 2023 aumentou 0,4%, para 874,7 milhões de euros, e a margem EBITDA ajustada foi de 59,5%, diminuindo 0,7 pontos em comparação com 2022″, revela a Euronext em comunicado enviado ao mercado.
A sustentar o crescimento da atividade da Euronext no ano passado esteve “um crescimento orgânico robusto nas nossas atividades não relacionadas com o volume de negociação e um crescimento de dois dígitos na área de rendimento fixo [obrigações] e na negociação de energia [power trading]“, justifica Stéphane Boujnah, CEO da Euronext em comunicado.
Em 2023, as ações da Euronext, negociadas na bolsa de Amesterdão, registaram uma valorização (incluindo dividendos) de 17,6%.
A caminho de celebrar este ano o 10.º aniversário do seu IPO, a Euronext reforçou no ano passado o estatuto de principal mercado de cotação de ações na Europa, “atraindo 64 novas empresas” e principal mercado de cotação de dívida mundialmente, contando atualmente com mais de 55 mil obrigações cotadas.
Para os seus acionistas, a empresa revela que irá propor a distribuição de um dividendo de 2,48 euros por ação na Assembleia Geral anual de 15 de maio, que levará o grupo a despender cerca de 256,8 milhões de euros. “Este valor representa 50% do resultado líquido reportado em 2023, em linha com a política de dividendos da Euronext”, refere a empresa em comunicado.
Para 2024, a Euronext revela que irá continuar a promover uma política de controlo de custos e assume que “as poupanças e sinergias irão compensar a inflação e o aumento dos custos de 2023.”
Como resultado, a Euronext espera que as suas despesas subjacentes para 2024, excluindo as depreciações e as amortizações, alcancem os 625 milhões de euros, cerca de 2,5% acima dos 610 milhões alcançados em 2023, “incluindo cerca de 10 milhões de euros para financiar projetos de crescimento e excluindo o potencial impacto cambial ao longo do ano”, lê-se no comunicado.
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