Costa pede mais Europa, mais euro, sem exceções
O primeiro-ministro defendeu a necessidade de "uma melhor zona euro", mas "também que cada Estado-membro faça a sua parte".
O primeiro-ministro português pediu este domingo mais Europa, mais euro, sem “exceções às regras que devem ser comuns”, e com cada país a fazer a sua parte, voltando a destacar resultados económicos positivos e o esperado défice de 1,5%.
“Quero ser bem claro nesta questão, não estou a defender a necessidade de reforma da zona euro para pedir que outros façam o nosso trabalho, nem a reclamar exceções às regras, que devem ser comuns e igualmente exigidas a todos. Precisamos de uma melhor zona euro, mas precisamos também que cada Estado-membro faça a sua parte”, afirmou António Costa.
"Não estou a defender a necessidade de reforma da zona euro para pedir que outros façam o nosso trabalho, nem a reclamar exceções às regras, que devem ser comuns e igualmente exigidas a todos. Precisamos de uma melhor zona euro, mas precisamos também que cada Estado-membro faça a sua parte.”
Um apelo que surge no mesmo dia em que a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a Europa já não pode confiar totalmente nos seus aliados. Depois de um encontro com o Presidente norte-americano, Donald Trump, a chanceler frisou: “Nós, europeus, temos de agarrar as rédeas do nosso próprio destino”.
“Claro que temos de ter relações amigáveis com os Estados Unidos e com o Reino Unido e com outros vizinhos, incluindo a Rússia, disse Merkel. Ainda assim, acrescentou, “temos de lutar nós próprios pelo nosso futuro”.
Segundo António Costa é isso que Portugal está a fazer “em diversos domínios”. “Na frente orçamental estamos a promover a efetiva consolidação das finanças públicas. Portugal registou em 2016 um défice de 2% do PIB, que permitiu que a Comissão Europeia recomendasse recentemente o encerramento do Procedimento de Défice Excessivo a que Portugal estava sujeito desde 2009″, enumerou.
Costa sublinhou “a trajetória sustentável de redução da dívida pública” e prometeu “prosseguir este esforço, reduzindo o défice para 1,5% com o maior saldo primário da zona euro”.
O chefe do Executivo socialista falava num encontro internacional anual que reúne, desde sábado e até terça-feira, participantes de 70 países, entre empresários, gestores e governantes ou antigos detentores de cargos públicos para debaterem política, economia e negócios, num hotel de Cascais.
O comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, o português e ex-governante do executivo PSD/CDS-PP Carlos Moedas, foi um dos presentes numa plateia de cerca 400 pessoas no jantar de abertura da conferência promovida pela Horasis – The Global Meeting.
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