Europeus preferem que UE incentive Ucrânia a negociar paz. Portugueses nem tanto
Apenas 10% dos europeus acredita que a Ucrânia vai vencer a guerra, segundo uma sondagem. Já os portugueses são mais otimistas, com 17% a prever uma vitória ucraniana.
Os europeus estão pessimistas relativamente ao resultado da guerra na Ucrânia e são mais aqueles que preferem que a Europa insista com Volodymyr Zelensky para negociar um acordo de paz com a Rússia, segundo uma nova sondagem do Conselho Europeu de Relações Estrangeiras (ECFR, na sigla em inglês). Os portugueses estão entre os mais otimistas para uma vitória da Ucrânia.
Segundo este barómetro, que incidiu sobre 12 países e foi realizado em janeiro de 2024, em média apenas 10% dos europeus acreditam que a Ucrânia vencerá a guerra, enquanto o dobro, 20%, vê a Rússia a ganhar. Já 37% considera que os países vão alcançar um acordo. Os portugueses estão entre os mais otimistas, em conjunto com a Polónia e a Suécia, com 17% a acreditar numa vitória ucraniana.
Quando questionados sobre o que a Europa deveria fazer perante a guerra, 41% dos inquiridos, em média, defenderam que o bloco comunitário deve incentivar a Ucrânia a negociar um acordo de paz com a Ucrânia. Por outro lado, apenas 31% defendem que a Europa devia apoiar a Ucrânia na recuperação dos territórios ocupados pela Rússia.
Novamente, Portugal destaca-se entre os defensores da Ucrânia: quase metade dos portugueses (48%) acreditam que se devia apoiar a retoma dos territórios por parte da Ucrânia e apenas 23% querem que a Europa insista com Zelensky para tentar obter um acordo de paz.
A sondagem do ECFR contemplou também os cenários para a situação americana, onde as eleições presidenciais podem determinar uma mudança da política de apoio à Ucrânia. A maioria dos europeus ficaria desapontado com uma vitória de Donald Trump e acredita que seria menos provável a Ucrânia vencer a guerra. E perante a possibilidade de que um novo presidente dos EUA limitar o apoio para a Ucrânia, cerca de um terço dos europeus inquiridos preferia que a Europa seguisse os Estados Unidos e encorajasse um acordo de paz com a Rússia. Por outro lado, 20% defendem um aumento do apoio europeu para cobrir a ajuda norte-americana até ao máximo possível e 21% preferiam que o apoio se mantivesse inalterado.
Portugal sobressai entre os países onde mais pessoas preferiam um aumento do apoio para que a Ucrânia conseguisse continuar a lutar — 29% queriam aumentar o apoio e 22% preferem manter. Apenas 22% queriam limitar os apoios e encorajar um acordo de paz.
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