Depósitos a prazo superam os 100 mil milhões pela primeira vez em oito anos
Depósitos a prazo estão a atrair de novo as poupanças das famílias portuguesas. Em janeiro, captaram 2,8 mil milhões de euros.
Os depósitos a prazo estão a captar de novo as poupanças das famílias portuguesas, com o stock a superar novamente a barreira dos 100 mil milhões de euros, o que acontece pela primeira vez em cerca de oito anos.
As aplicações dos particulares em depósitos com prazo acordado e depósitos com pré-aviso atingiram os 101,9 mil milhões de euros em janeiro, o valor mais elevado desde dezembro de 2015, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.
Depósitos a prazo em alta
Fonte: Banco de Portugal
No primeiro mês do ano, os depósitos a prazo captaram, em termos líquidos, 2,8 mil milhões de euros, confirmando uma tendência que se regista desde setembro do ano passado.
O facto de os bancos oferecerem remunerações mais atrativas do que há um ano ajuda a explicar esta evolução. Há um ano, as famílias estavam a tirar o dinheiro do banco para apostar nos Certificados de Aforro, que se manteve ao longo da primeira metade de 2023, até o Governo ter cortado a taxa de juro dos certificados em junho.
A taxa de juro dos novos depósitos fechou o ano passado a superar a fasquia dos 3% pela primeira vez em mais de 11 anos, segundo o Banco de Portugal.
Agora, o movimento é outro: os particulares estão a transferir o dinheiro que se encontra à ordem para aplicar em depósitos a prazo, mostram os números divulgados pelo supervisor: em janeiro saíram 2,1 mil milhões de euros das contas à ordem, com o stock a baixar para 78,6 mil milhões, o montante mais baixo desde maio de 2021.
Contas feitas, o stock de depósitos de particulares (a prazo e à ordem) aumentou cerca de 720 milhões de euros no arranque do ano, totalizando os 180,1 mil milhões de euros, a valor mais alto do último as poupanças que perderam para os Certificados de Aforro.
Já no que diz respeito aos depósitos de empresas, totalizavam os 62,6 mil milhões de euros em janeiro, menos 1,5 mil milhões de euros do que em dezembro de 2023.
(Notícia atualizada às 12h10)
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