Empréstimos da casa recuam para mínimos de dois anos
Bancos continuam a assistir a uma contração da carteira de crédito à habitação devido ao impacto da subida das taxas de juro. Já os empréstimos para o consumo estão a crescer há 12 meses.
O montante de crédito à habitação caiu em janeiro para 98,7 mil milhões de euros, o valor mais baixo em dois anos, refletindo o impacto da subida das taxas de juro junto das famílias.
Desde dezembro de 2022, quando se iniciou a tendência de descida (apenas interrompida em novembro), o stock de empréstimos da casa já encolheu 1,6 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.
O aumento das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) fez refrear a procura da parte das famílias, mas não só. Muitas famílias também decidiram amortizar o crédito da casa num esforço para aliviar a prestação da casa, o que ajuda explicar esta evolução.
Por outro lado, o stock de empréstimos ao consumo cresce há 12 meses consecutivos, tendo atingido 21,2 mil milhões de euros no arranque do ano, o valor mais elevado de sempre, segundo o supervisor.
Já o montante de empréstimos às empresas caiu 672 milhões de euros em janeiro, totalizando 72,6 mil milhões, o valor mais baixo desde novembro de 2020.
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