Dormidas no turismo descem pela primeira vez desde 2021 com menor procura de residentes
Desde o segundo trimestre de 2021 que não se registava uma descida no número de dormidas em alojamentos turísticos em Portugal. Queda é explicada pela menor procura dos residentes.
O alojamento turístico acolheu 1,5 milhões de hóspedes em janeiro, mais 1,8% face a igual mês do ano passado. Nas dormidas, que totalizaram 3,5 milhões, o setor registou um ligeiro decréscimo de 0,1% face a janeiro de 2023, segundo a estimativa rápida publicada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Desde o segundo trimestre de 2021 que não se verificava uma diminuição no número de dormidas, o que resulta, em grande parte, do recuo de 2,6% nas dormidas de residentes, para 1,1 milhões, invertendo a trajetória de crescimento registada nos últimos três meses.
As dormidas de não residentes, por sua vez, cresceram 1,2% em janeiro, para um total de 2,3 milhões, valores que, no entanto, representam um abrandamento pelo terceiro mês consecutivo.
Entre os dez principais mercados emissores (73,1% do total de dormidas de não residentes), destacam-se os aumentos homólogos expressivos de turistas polacos (+25,2%) e irlandeses (+17,5%), correspondendo a 3,6% e 2,4%, respetivamente, do total de dormidas de não residentes no início do ano.
Ao mesmo tempo, o INE dá conta de uma subida de 6% do mercado de maior peso, o britânico, equivalente a 15,8% do total das dormidas de não residentes em janeiro. Seguiram-se as dormidas de hóspedes alemães (11,2% do total), o segundo principal mercado, que cresceram 0,3%, e as de espanhóis (8,8% do total), que, porém, registaram um decréscimo de 12,2%. O maior entre os dez principais mercados emissores.
Dormidas caíram 4% na Grande Lisboa
Em janeiro, as dormidas caíram na Península de Setúbal (-9,7%), no arquipélago dos Açores (-4,0%), na Grande Lisboa (-3,9%) e na ilha da Madeira (-3,1%). Nas regiões de Oeste e Vale do Tejo, Norte e Centro, verificaram-se aumentos de 18,7%, 3,7% e 3,3%, na mesma ordem.
Ainda assim, a Grande Lisboa (29,3%) superou o Norte (18,2%), a Madeira (16,8%) e o Algarve (16,4%) enquanto região com o maior número de dormidas, seguindo-se o Norte (16,2%).
A taxa líquida de ocupação por cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (28,3%) baixou 1,3 pontos percentuais em janeiro. Simultaneamente, a taxa líquida de ocupação por quarto (36,1%) também caiu 1,3 pontos percentuais.
De referir ainda que a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,33 noites) diminuiu 1,9% no mês em análise face a igual período de 2023. Entre os residentes (1,69 noites) registou-se um decréscimo de 1,6% e entre os estrangeiros que visitam Portugal (2,88 noites) houve uma queda de 3,1%.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h23)
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