Nova biblioteca da Faculdade Direito de Coimbra começa a ser construída em 2026

  • Lusa
  • 22 Março 2024

O projeto, avaliado em cerca de 28 milhões de euros, é da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira.

A empreitada de edificação da nova biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (UC), com orçamento estimado em cerca de 28 milhões de euros, deverá arrancar em 2026, revelou esta sexta-feira o estabelecimento de ensino superior.

A obra de construção da Biblioteca da Faculdade de Direito será precedida por um extenso programa de trabalhos prévios de arqueologia, complementando os que já tiveram lugar e em cumprimento das condicionantes emitidas pela tutela do Património”, indicou à agência Lusa fonte da UC. O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira a realização de despesa referente a diversos procedimentos, entre os quais a celebração do contrato de empreitada de edificação da nova biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

A Biblioteca da Faculdade de Direito localizar-se-á em espaço central do conjunto classificado como Monumento Nacional Universidade de Coimbra – Alta e Sofia, área inscrita na Lista do Património Mundial da UNESCO, desde junho de 2013, nas antigas instalações da Faculdade de Farmácia, incluindo o Palácio dos Melos, a Casa dos Contadores e diversos espaços envolventes.

Da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira, ocupará lugar umbilical do Polo I da Universidade de Coimbra, próximo do Paço das Escolas, da Faculdade de Letras e da Sé Velha de Coimbra. “A construção da nova Biblioteca da Faculdade de Direito, uma das melhores bibliotecas universitárias especializadas da Europa, reveste-se de particular importância, potenciando a atração de professores, investigadores e estudantes de todo o mundo, permitindo que, em Portugal, se disponha de uma Biblioteca Jurídica, em linha com as suas congéneres”, destacou a mesma fonte.

Segundo a UC, trata-se de um projeto de requalificação urbana da maior relevância e manifesto interesse público. “Permite aditar um edifício de clara contemporaneidade e inegável valor ao território classificado da Universidade de Coimbra. Será um espaço marcante e incontornável, não só da Faculdade e da Universidade, como da cidade de Coimbra e do país”, acrescentou.

À Lusa, a fonte da UC explicou ainda que, depois dos trabalhos prévios de arqueologia, que terão início no decurso do presente ano, seguir-se-á a execução da empreitada de construção do edifício, com início estimado em 2026 e conclusão em 2029. O equipamento a construir procura “articular as diferentes necessidades em presença”, tendo o arquiteto Álvaro Siza optado por “uma proposta de edificação com uma presença mínima, recorrendo a construção de novo volume enterrado, recusando assim o confronto com os monumentos circundantes”.

De forma a albergar pela primeira vez os mais de 400 mil volumes que compõem o atual acervo da Faculdade de Direito, reunido ao longo de séculos, tornou-se necessário projetar compartimentos de grandes dimensões, sejam as salas de leitura, os arquivos, os serviços técnicos e administrativos e os espaços de acesso e circulação, informou.

A UC disse ainda que o projeto pressupõe a manutenção parcial da Casa dos Melos e a recriação do espaço do Horto Botânico que bordejava o espaço ao longo da fachada norte do Paço das Escolas. Irá organizar-se em quatro áreas principais: estudo/consulta, apoio geral, administração/direção e apoio técnico, contando com um átrio, uma grande sala de leitura, uma sala de reuniões e um depósito de livros e revistas.

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