Depósitos a prazo sobem pelo sexto mês para máximos de mais de 10 anos

Famílias continuam a aplicar poupanças nos depósitos a prazo: captaram mais 1,4 mil milhões de euros em fevereiro. Bancos estão a mil milhões de recuperarem da fuga para os certificados.

Os depósitos a prazo voltaram a captar poupanças das famílias portuguesas em fevereiro, subindo pelo sexto mês consecutivo para máximos de mais de uma década, mostram os dados do supervisor.

As aplicações nos depósitos com prazo acordado e com pré-aviso atingiram os 103,3 mil milhões de euros em fevereiro, o valor mais elevado desde novembro de 2013, de acordo com as estatísticas divulgadas esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Em fevereiro entraram mais 1,4 mil milhões de euros, marcando o sexto mês seguido em que captam dinheiro dos particulares e confirmando a sua popularidade em função das taxas de juros mais atrativas que os bancos estão a oferecer atualmente.

A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares baixou no arranque do ano para 2,90%.

Depósitos a prazo disparam

Fonte: Banco de Portugal

Mil milhões para recuperar da fuga para os certificados

Em sentido contrário, o dinheiro depositado à ordem voltou a encolher em fevereiro pelo sexto mês consecutivo: menos 500 milhões de euros para 78 mil milhões de euros. Os dados sugerem que as famílias estão a procurar rentabilizar as poupanças à ordem através das aplicações nos depósitos a prazo.

No total, as famílias confiavam aos bancos 181,4 mil milhões de euros entre depósitos à ordem e a prazo em fevereiro, mais 900 milhões em relação a janeiro.

Ainda estão a recuperar da fuga de depósitos para os Certificados de Aforro observada na primeira metade do ano passado, faltando cerca de mil milhões de euros para voltarem a atingir os 182,4 mil milhões que tinham em dezembro de 2022.

(Notícia atualizada às 11h54)

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