Leitão Amaro admite “Governo de diálogo”, mas reconhece “limitações orçamentais”
No final do primeiro Conselho de Ministros, o novo Governo quer dialogar, mas admite que existem "limitações orçamentais". Leitão Amaro não revela se haverá Orçamento retificativo.
O recém-empossado ministro da Presidência, António Leitão Amaro, prometeu esta quarta-feira um Governo “humilde” e “de diálogo com todos”, que se propõe “fazer uma transformação estrutural do país” nos próximos quatro anos e meio.
Falando em conferência de imprensa após a primeira reunião do Conselho de Ministros do novo Executivo, admitiu, no entanto, que “existem limitações orçamentais que exigem de todos uma consciência e um sentido de cumprimento desses limites e dessa responsabilidade”.
Questionado várias vezes sobre se o novo Governo tenciona apresentar um Orçamento retificativo, Leitão Amaro não esclareceu, dizendo apenas aos jornalistas: “As respostas a cada uma das vossas legítimas perguntas virão gradualmente em momento certo.”
Quanto a uma eventual atualização do cenário macroeconómico inscrito no programa da Aliança Democrática (AD), tendo em conta que já saíram novas previsões — como, por exemplo, as do Banco de Portugal –, o governante remeteu de novo para uma resposta “no momento certo”, por parte do ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.
O primeiro Conselho de Ministros do Executivo empossado na terça-feira foi dedicado à elaboração do programa governamental — que será apresentado na Assembleia da República “até ao dia 10 de abril, inclusive” –, mas, segundo o ministro da Presidência, também “já tomou decisões”.
A primeira decisão corresponde ao “compromisso” de alterar o logótipo que representa a imagem da República Portuguesa, cumprindo uma promessa feita por Luís Montenegro ainda durante a campanha eleitoral. Assim, o novo Governo recuperou a anterior imagem com o escudo armilar e as quinas, que tinha sido alterada pelo anterior executivo de António Costa.
Por outro lado, o Conselho de Ministros delegou à ministra da Justiça, Rita Júdice, a responsabilidade de iniciar um “processo de diálogo com todos os partidos com assento parlamentar, os agentes do setor e a sociedade civil” com o objetivo de criar um pacote de medidas de combate à corrupção que seja “ambicioso, eficaz e consensual”, revelou ainda o governante.
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A primeira reunião do Conselho de Ministros do novo Executivo decorreu na manhã desta quarta-feira, no dia seguinte à sua tomada de posse. Os secretários de Estado, que ainda não são conhecidos, só tomarão posse na sexta-feira.
(Notícia atualizada pela última vez às 13h25)
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