Exportações sobem 2,3% devido ao forte impulso na venda de produtos alimentares e bebidas

Em fevereiro, as vendas para o exterior voltaram crescer. As importações interromperam o ciclo de queda que se verificava desde março e progrediram 1,5%. O défice comercial diminuiu 12 milhões.

As exportações portuguesas cresceram 2,3%, em fevereiro, face ao mesmo período do ano passado, sobretudo devido ao forte impulso nas vendas de produtos alimentares e bebidas, que registaram aumentos de 14,8%. Verifica-se aqui uma aceleração das exportações em comparação com o mês anterior, janeiro, quando as vendas apenas tinham subido 0,5%, segundo as estatísticas do comércio internacional publicadas esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Já as importações interromperam o ciclo de queda e aumentaram 1,5%. “De notar que esta é a primeira variação positiva das importações desde março de 2023”, assinala o instituto. Em janeiro, as compras lá fora tinham recuado 4,1%.

Como resultado o défice da balança comercial recuou 12 milhões de euros, em fevereiro, em termos homólogos, atingindo 2.356 milhões de euros. “Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice totalizou 1.868 milhões de euros, refletindo um aumento de 113 milhões de euros”, de acordo com o INE.

Aumento das vendas para Alemanha e Reino Unido

A evolução positiva das exportações deveu-se sobretudo aos “acréscimos nas exportações de produtos alimentares e bebidas (+14,8%) e nas importações de material de transporte (+5%), bens de consumo (+6%) e de máquinas e outros bens de capital (+4,5%)”, indica o INE.

Se excluirmos combustíveis e lubrificantes, as vendas para o exterior progrediram apenas 1,4%. Relativamente ao mês anterior, as exportações aumentaram 1,9% e, no trimestre terminado em fevereiro, a subida foi de 1%.

Entre os principais países de destino das exportações portuguesas, o INE destaca o crescimento das vendas de bens para a Alemanha (+8,7%), sobretudo de máquinas e outros bens de capital, e para o Reino Unido (+18,5%), designadamente de material de transporte, maioritariamente automóveis de passageiros.

Em relação às importações, que subiram em termos homólogos 1,5%, se excluirmos combustíveis e lubrificantes, a progressão ainda é maior: 2,6%. Na comparação com o mês anterior, este indicador subiu 9,9%. E, no trimestre terminado em fevereiro, verificou-se ainda uma queda de 2,7%.

A variação homóloga positiva das importações deveu-se às compras no exterior de material de transporte (+5%) e de bens de consumo (+6%), sobretudo de Espanha, bem como de máquinas e outros bens de capital (+4,5%), principalmente com proveniência da Alemanha.

Importações de combustíveis dos Estados Unidos crescem 41,5%

“Em sentido contrário, destaca-se o decréscimo de combustíveis e lubrificantes (-6,5%), que reflete descidas nos preços (-16,8%), dado que em volume se registou um aumento de 12,3%”, segundo o INE.

Quanto aos países de origem das importações nacionais, salienta-se o acréscimo das compras nos Estados Unidos (+41,5%), sobretudo de combustíveis e lubrificantes, nomeadamente óleos brutos de petróleo e gás natural.

Em sentido inverso, verificou-se uma diminuição das importações do Brasil (-44,7%), principalmente de óleos brutos de petróleo.

Assim, o défice da balança comercial diminuiu 12 milhões de euros em fevereiro, em termos homólogos, atingindo 2.356 milhões de euros. Mas aumentou 673 milhões de euros face ao mês anterior.

Os combustíveis e lubrificantes ainda pesaram 20,7% no défice da balança comercial, em fevereiro, uma subida em cadeia, face a janeiro (19,1%), mas uma descida em relação ao mesmo mês do ano passado, quando aqueles bens representavam 25,9% do défice.

“O défice da balança comercial expurgado do efeito destes produtos totalizou 1.868 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 113 milhões de euros face a fevereiro de 2023 e de 506 milhões de euros em relação ao mês anterior”, segundo o INE.

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