Em 2016, abriram em Portugal mais 81 empreendimentos turísticos
Relatório da Deloitte diz que número de dormidas ultrapassou os 53 milhões.
Portugal fechou 2016 com 1.945 empreendimentos turísticos, mais 81 do que no ano anterior, segundo a 12.ª edição do Atlas da Hotelaria da consultora Deloitte, que antecipa em 2017 a abertura de 38 novas unidades hoteleiras.
De acordo com o relatório, o número de dormidas ultrapassou os 53 milhões, enquanto as receitas de aposento superaram os dois mil milhões de euros, tendo a taxa de ocupação sido superior a 63%.
As regiões da Madeira (77,5%) e de Lisboa (72,5%) registaram a maior taxa de ocupação em 2016, com a zona da capital a apresentar também o preço médio por quarto mais elevado do país (80,65 euros).
Já na estadia média mais elevada, os ‘campeões’ são a Madeira (5,39 dias) e o Algarve (4,49 dias).
Todas as regiões viram as suas receitas por quarto disponível (RevPAR) crescer e Lisboa voltou a destacar-se com uma receita de 59,18 euros, o que significou um aumento de 5,58 euros face ao ano anterior.
A nível de concentração de empreendimentos, Algarve e o Norte lideram (22% cada), seguindo-se a Região Centro (21%), Lisboa (15%), Alentejo (8%), Madeira (7%) e Açores (5%).
A região mais a Sul também surge no primeiro posto em relação ao número de unidades de alojamento, representando 32%, com Lisboa a surgir no segundo posto, com 21%.
O índice de sazonalidade mostra que os meses de julho, agosto e setembro são os que registam o maior número de dormidas.
No mapa internacional, a taxa de ocupação em Lisboa chegou a ultrapassar os registos de grandes cidades europeias, como Roma, Madrid e Paris, embora permaneça abaixo de Londres, Amesterdão e Barcelona, mas nas contas do RevPar (receitas por quarto disponível) fica abaixo da média europeia.
Os hotéis continuam a ser a tipologia mais comum entre os empreendimentos turísticos, representando 73% da totalidade. Seguem-se os apartamentos turísticos (10%), os hotéis apartamentos (7%), os hotéis rurais (5%), os aldeamentos turísticos (3%) e as pousadas (2%).
Nas classificações de empreendimentos turísticos, as três (33%) e quatro (38%) estrelas são as que mais predominam a nível nacional. Os empreendimentos de duas estrelas ocupam a terceira posição, com 17%, e os de cinco estrelas a quarta posição, com 8%.
Os grupos Pestana Hotels & Resorts/ Pousadas de Portugal (5,2% do total), Vila Galé Hotéis (3%) e Accor Hotels (2,4%) formam o top 3 do ‘ranking’ nacional dos 20 grupos hoteleiros/ entidades responsáveis com o maior número de unidades de alojamento.
“O ano de 2016 foi único e histórico em receitas, dormidas, mas também singular para o crescimento do número de empreendimentos”, afirmou Miguel Eiras Antunes, líder de Tourism, Hospitality & Services da Deloitte, em comunicado.
A consultora referiu que 38 novas unidades hoteleiras são esperadas este ano, maioritariamente de quatro e cinco estrelas, e sobretudo em Lisboa (18). Para o Norte estão previstas oito aberturas, para o Centro sete, para o Algarve quatro e para os Açores uma.
Para Jorge Marrão, dirigente de Real Estate da Deloitte, “prevê-se um cada vez maior interesse dos investidores internacionais no nosso país, resultado do aumento das taxas de rentabilidade dos ativos imobiliários.
“O turismo continuará a ser, por isso, estratégico para a nossa economia”, concluiu.
Em maio, a Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) informou que até 2018 vão abrir 83 novas unidades hoteleiras no país, 41 das quais ainda este ano.
No próximo ano, a perspetiva de abertura, em todo o país, é de 42 novas estruturas, afirmou a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira.
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