Câmara de Évora reduz valor da dívida para quase metade em 10 anos
A dívida municipal que a CDU herdou da anterior gestão PS da autarquia era então de 95 milhões de euros e que, agora, no final de 2023, o valor cifrou-se em 50,4 milhões.
A Câmara de Évora reduziu em quase metade o montante global da dívida municipal nos cerca de 10 anos de gestão da CDU, que atinge agora 50,4 milhões de euros, revelou esta quarta-feira o presidente do município. Em declarações à agência Lusa, o autarca, Carlos Pinto de Sá, eleito pela CDU, indicou que, desde que tomou posse como presidente do município, em outubro de 2013, “houve uma redução da dívida na ordem dos 47%”.
“É quase metade”, observou, salientando que a dívida municipal que a CDU herdou da anterior gestão PS da autarquia era então de 95 milhões de euros e que, agora, no final de 2023, o valor cifrou-se em 50,4 milhões. Pinto de Sá falava a propósito da proposta de prestação de contas referente a 2023, já aprovada em reunião de câmara com os votos a favor da CDU, a abstenção do PSD e do Movimento Cuidar de Évora e o voto contra do PS.
Segundo o presidente do município, o valor da dívida global camarária voltou a descer no ano passado, com uma redução de “mais de três milhões de euros”, ou seja “quase 6%”, para os 50,4 milhões. “O prazo médio de pagamento a fornecedores, que, em 2013, chegou a estar em 755 dias, situou-se, em 2023, em 50 dias”, o que traduz “uma ligeira redução face a 2022” e corresponde “à capacidade que temos tido para pagar as dívidas”, frisou.
Assinalando que era habitual a câmara ter pagamentos em atraso, o autarca comunista vincou que o município “acabou o ano de 2023 sem pagamentos em atraso”, o que se verificou “pelo 8.º ano consecutivo”. “Isso significa que não havia dívidas vencidas superiores a 90 dias”, esclareceu. Pinto de Sá destacou ainda os resultados “largamente positivos” do equilíbrio orçamental e do saldo orçamental, referindo, ainda assim, que houve uma redução dos valores devido ao impacto da inflação.
“Os resultados antes de impostos, amortizações e despesas de financiamento são positivos em 7,5 milhões de euros, o que é uma boa notícia, ainda que os resultados operacionais tenham sido negativos em 1,9 milhões de euros”, adiantou. Também os resultados líquidos foram negativos em 3,4 milhões de euros, afirmou. O facto de os resultados operacionais e líquidos apresentarem valores negativos “decorre, essencialmente, do peso das amortizações”, justificou.
A proposta de prestação de contas do município de 2023 vai ser discutida e votada, na sexta-feira, pela assembleia municipal. Carlos Pinto de Sá cumpre o terceiro e último mandato na presidência da Câmara de Évora, cujo executivo é composto por dois eleitos da CDU, dois do PS, dois do PSD e um do Movimento Cuidar de Évora.
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