Lucro do Abanca dispara 50% para 158,4 milhões no primeiro trimestre
Banco galego que se prepara para comprar Eurobic registou um disparo dos lucros para 158,4 milhões de euros nos três primeiros meses do ano, voltando a beneficiar da alta das taxas de juro.
O Abanca registou lucros de 158,4 milhões de euros no primeiro trimestre, correspondendo a uma subida de 50,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com resultado a ser novamente impulsionado pela escalada das taxas de juro.
A margem financeira — que corresponde à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — aumentou 49,2% para 376,6 milhões de euros nos três primeiros meses do ano, segundo anuncia o banco liderado por Juan Carlos Escotet. Com este desempenho, as receitas base, que incluem ainda as comissões, subiram 36,7% para 449,4 milhões.
O banco galego prepara-se para comprar o Eurobic a um conjunto de investidores angolanos, incluindo Isabel dos Santos, negócio com o qual irá tornar-se no oitavo maior banco em Portugal.
De resto, o Abanca indica que vai passar a gerir um volume de negócios superior a 124 mil milhões de euros entre depósitos e crédito com a aquisição do banco português — sem o Eurobic, o volume de negócios é de 113 mil milhões.
Os recursos de clientes atingiram os 68,1 mil milhões de euros no final de março, mais 9,7% em termos homólogos, um desempenho que se deve à subida de 5,9 mil milhões no depósitos e produtos fora de balanço. A carteira de crédito registou um aumento ligeiro de 1% para 44,6 mil milhões.
Apesar da alta de juros deixar milhares de famílias e empresas em situação de maior aperto, o Abanca diz que conteve o rácio de crédito malparado nos 2,5%, “claramente abaixo da média do sistema”, na casa dos 2,9%.
Em termos de solvabilidade, o rácio de capital total fixou-se nos 16,8%, apresentando “um excesso de 429 pontos base e 1,46 mil milhões de euros face aos requisitos totais”.
(Notícia atualizada às 10h16)
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