“Estamos a cumprir o nosso papel quando substituímos quem não faz o que devia fazer”, diz Governo sobre mudança na Santa Casa
Ministro da Presidência insiste que responsáveis exonerados não tinham preparado "medidas decisivas" necessárias para inverter situação de degradação financeira da SCML.
A exoneração da provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está a gerar polémica, mas o ministro da Presidência está confiante que os portugueses compreendem que o Governo está a “cumprir o seu papel quando substitui quem não faz o que deveria fazer”. Numa conferência de imprensa após a reunião de Conselho de Ministros, Leitão Amaro insistiu esta quinta-feira que, apesar da degradação financeira da SCML, “não se conheciam medidas decisivas para inverter a situação”, o que justifica a demissão de Ana Jorge.
“Os portugueses compreendem que estamos a cumprir o nosso papel quando substituímos quem não faz o que deveria fazer, quem não protege uma instituição tão importante e a sua capacidade para auxiliar os mais necessitados”, sublinhou o ministro da Presidência, questionado pelos jornalistas.
“Ninguém nos perdoaria se daqui a três meses, seis meses ou um ano estivéssemos a chorar uma degradação ainda maior e a falta de resposta aos mais vulneráveis”, atirou o mesmo responsável, que defendeu que a Santa Casa da Misericórdia desempenha um “papel fundamental” não só na capital, mas também noutros pontos do território nacional.
Face a essa significativa relevância, os portugueses não perdoariam, salientou Leitão Amaro, que o Governo “assistisse em inação” ao agravar da situação financeira, sendo que a mesa que foi exonerada estava em funções há um ano, mas não se conhecia nem um plano de reestruturação, nem “medidas decisivas para inverter a situação”.
“A Santa Casa precisa de um novo ímpeto que a direção anterior não garantia”, defendeu o ministro da Presidência.
No comunicado em que anunciou a exoneração dos membros da mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa bem como a provedora Ana Jorge, o Governo já justificava essa decisão com a incapacidade de “enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição, o que poderá a curto prazo comprometer a fundamental tarefa de ação social que lhe compete”.
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