União Europeia prepara sanções sobre o gás natural russo

  • ECO
  • 6 Maio 2024

Estados-membros vão discutir o 14º pacote de sanções à Rússia que deverá incluir, pela primeira vez, penalizações ao gás natural liquefeito russo.

A União Europeia (UE) deverá avançar com as primeiras sanções contra o setor do gás natural liquefeito (GNL) da Rússia. De acordo com a notícia avançada pelo Politico esta segunda-feira, estas sanções, que seriam adotadas no 14º pacote, não devem afetar diretamente as importações de GNL para a União Europeia. Ao invés disso, detalha o jornal, impediria os países da UE de reexportar este combustível russo depois de recebê-lo.

Esta proposta não afeta as importações para a UE“, cita o Politico a proposta a que teve acesso. Segundo o jornal, estas restrições teriam a capacidade de afetar cerca de um quarto das receitas russas provenientes do setor do GNL.

As sanções também proibiriam o envolvimento da UE em futuros projetos de GNL na Rússia. “Tal medida limita a expansão da capacidade russa de GNL e, por conseguinte, limita as receitas da Rússia“, defende a proposta.

Caso a proposta seja adotada, esta seria a primeira vez que a União Europeia aplicaria sanções contra o gás natural russo, desde o início da guerra. A proposta deverá ser discutida entre os Estados-membros na próxima quarta-feira, 8 de maio.

Embora se registe um apoio político crescente por parte de grandes potências da UE, como a Alemanha e a Itália, para atacar o GNL russo, a decisão não deverá ser consensual entre os 27 Estados-membros. Até à data, a o bloco europeu tem-se abstido de penalizar este combustível, não só porque a Hungria considera ser uma linha vermelha, mas porque vários países da UE ainda registam alguma dependência.

Desde o início da guerra na Ucrânia, a União Europeia conseguiu reduzir a sua dependência do gás russo. Em 2023, Moscovo representou cerca de 6,1% de todas as importações de GNL, enquanto os envios de gás por gasoduto representaram 8,7%. A Noruega (30%), os Estados Unidos (19,4%) e a África do Sul (14,1%) são os principais parceiros comerciais da UE.

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