Sete ideias de Mário Centeno nas redes sociais
Além de revelar que o Governo está a preparar um alívio fiscal no segundo escalão do IRS, o ministro das Finanças adiantou que um português a liderar o Eurogrupo seria uma "opção muito válida".
Mário Centeno esteve esta quarta-feira a responder às questões dos cidadãos ao vivo nas redes sociais. As perguntas passaram pelas finanças públicas, a economia, o emprego, a banca e os escalões do IRS. Eis os principais pontos das respostas do ministro das Finanças às perguntas deixadas pelos portugueses.
- O ministro das Finanças anunciou que o Governo irá dar um alívio fiscal no segundo escalão do IRS. Para isso está “desenhar uma medida que vai precisamente ao encontro da necessidade de alívio fiscal nesse intervalo de rendimentos”.
- Centeno voltou a falar sobre a presidência do Eurogrupo. Quando esse tema for discutido em janeiro, o ministro considera que Portugal deve ter uma posição “forte”. Além disso, considerou que ministro das Finanças português “nessa altura” — não especificando que é o próprio — seria uma “opção muito válida” para o cargo.
- Sobre a dívida pública, Mário Centeno reiterou o seu plano delineado no Programa de Estabilidade e Crescimento, referindo dois ingredientes essenciais: “Para baixar a dívida pública temos de manter o nível de crescimento económico próximo dos níveis que registámos nos últimos trimestres e manter o excedente primário nas contas públicas”.
- Na área do emprego, o ministro das Finanças disse que o aumento do salário mínimo promove a produtividade caso as empresas e os trabalhadores tenham as qualificações necessárias. Mas disse também que é preciso um equilíbrio para não se cair numa “armadilha” de baixos salários.
- Sobre a saúde — onde recentemente uma portaria introduziu uma redução dos “encargos trimestrais com a aquisição de serviços de profissionais de saúde, em, pelo menos, 35% face ao trimestre homólogo” — Mário Centeno diz não existir “nenhum corte de 35% na saúde”. “Existe um conjunto de medidas na saúde de enorme responsabilidade também orçamental, mas também da prestação do serviço público”, garantiu. Esta quarta-feira, soube-se que a Ordem dos Médicos vai pedir uma reunião com o ministro para falar desse corte, inscrito no diploma da execução orçamental publicado em Diário da República na segunda-feira.
- Sobre a banca, Mário Centeno assinalou o trabalho já feito, dizendo que resta agora fazer uma “limpeza” ou “reorganização” do crédito malparado dos bancos, retirando-o dos balanços. A ideia é que os bancos ganhem espaço para conceder mais crédito à economia.
- O ministro das Finanças mandou também um recado para o Banco Central Europeu. Na opinião de Centeno ainda “não estamos em condições de inverter a política orçamental, muito menos a monetária, que terá de continuar a acomodar” a economia.
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