KKR fecha compra da posição maioritária da Greenvolt a 31 de maio
Só depois da compra maioritária de 60,9% aos acionistas da Greenvolt é que o fundo KKR vai lançar a OPA à empresa de energia, liderada por Manso Neto.
Os norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR), através da sociedade GVK Omega, preveem fechar a aquisição das ações dos sete principais acionistas da Greenvolt, que controlam 60,9% do capital da empresa, no final deste mês, depois das condições do anúncio preliminar da Oferta Pública de Aquisição (OPA) terem sido preenchidas.
Em comunicado, publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por João Manso Neto indica que a “transmissão das ações da Greenvolt ao abrigo dos Contratos de Compra e Venda de Ações deve ocorrer no dia 31 de maio de 2024″. Desta forma, a KKR não terá de pagar qualquer “ticking fee” aos oferentes no montante igual a uma taxa de juro anual de 7% com base em 360 dias de calendário aplicável ao preço de compra acordado.
A compra das posições detidas na Greenvolt pelos acionistas da Greenvolt – Actium Capital, Caderno Azul, Livrefluxo, Promendo Investimentos, V-Ridium Holding Limited, KWE Partners Ltd. e a 1 Thing Investments – obrigará depois ao lançamento da OPA, como estava previsto no anúncio preliminar.
Para lá desta posição, há que somar a posição de 15,55% que o Mediobanca – mandatado pela GVK Omega – comprou no mercado. Este mandato é extensível até aos 19,9%.
A Greenvolt ainda aguardava, em abril, a autorização de entidades irlandesas e búlgaras, mas agora a empresa informa o mercado que “não se prevê a entrada em vigor das leis em matéria de investimento estrangeiro na Irlanda e na Bulgária até ao dia 31 de maio de
2024″.
Na nota é referido ainda que os atuais acionistas vão receber 8,30 euros por ação, em dinheiro, “deduzida de qualquer montante (ilíquido) que venha a ser atribuído a cada ação, a título de dividendos, de adiantamento sobre os lucros do exercício ou de distribuição de reservas”. Este valor é superior ao preço mínimo de 7,30 euros, fixado pelo perito independente nomeado pela CMVM.
A oferta de compra da Greenvolt foi lançada em 21 de dezembro do ano passado pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo e gerido pela KKR, tendo, entretanto, sido constituída, já este ano, a sociedade GVK Omega, com sede em Lisboa, para realizar a operação.
Em 19 de janeiro, o Conselho de Administração da Greenvolt considerou “justo” o valor oferecido pela KKR na oferta de compra do grupo português de energias renováveis, sustentando que capital acionista adicional permitirá “acelerar o plano de negócios”.
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