Lisboa tem 360 mil euros para projetos de inovação em saúde, educação e migração
Prémio dirige-se a startups, scaleups e empreendedores nacionais e internacionais, com ideia ou projeto em desenvolvimento, em teste ou em funcionamento noutras localizações que possam ser adaptados.
A Câmara Municipal de Lisboa e a Unicorn Factory Lisboa têm 360 mil euros para premiar soluções inovadoras nas áreas da saúde, educação e migração. As candidaturas para o “Lisboa Innovation For All – 2024 Desafio de Impacto Social” abrem a 1 de junho.
“A inovação desempenha um papel-chave na melhoria da qualidade de vida e na resolução dos desafios sociais que afetam as cidades. Este é o impacto positivo que queremos ver crescer na cidade, através de três dimensões de grande relevância para o município, a educação, a saúde e a migração. Cada vez mais, Lisboa é um importante centro onde organismos públicos, empresas, universidades, centros de investigação, institutos tecnológicos e cidadãos colaboram no desenvolvimento, teste e experimentação de novos produtos e serviços. Todos juntos, somos uma comunidade inovadora e interativa capaz de transformar a cidade”, afirma Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, citado em comunicado.
Lançado durante Lisboa Unicorn Week, a 13.ª Semana do Empreendedorismo de Lisboa, este prémio é financiado através do 1 milhão de euros recebido pela cidade de Lisboa, após ter sido reconhecida em 2023 como a Capital Europeia de Inovação.
Dividindo-se em três categorias – Qualidade da Educação, Acesso a Cuidados de Saúde e Integração de Migrantes – dirige-se a “startups, scaleups e empreendedores nacionais e internacionais, que tenham uma ideia ou um projeto em desenvolvimento, em teste ou em funcionamento noutras localizações que possam ser afinados e adaptados a Lisboa”.
O prémio será organizado pela Unicorn Factory Lisboa. “A Unicorn Factory Lisboa tem vindo a demonstrar que Lisboa oferece condições ideais para experimentar, inovar e criar novas soluções e negócios para diferentes desafios através dos seus eixos de atuação. Com este Prémio, vamos continuar a expandir a nossa ação para resolver desafios sociais, pois sabemos que o talento intrínseco da nossa comunidade é capaz de desenvolver soluções inovadoras com forte impacto na cidade”, explica Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, citado em comunicado.
O que soluções procuram
Na área da Qualidade da Educação, o prémio procura soluções “centradas em melhorar a capacidade de aprendizagem no ensino básico e secundário, ao reforçar as competências tecnológicas e promover o pensamento criativo e crítico, testar métodos de aprendizagem alternativos e fornecer novas ferramentas de ensino, melhorar a capacidade de acesso dos estudantes ao ensino universitário e reforçar a capacidade da cidade para atrair professores”, informa comunicado.
No caso do ensino universitário pretende soluções que permitam “diminuir o custo de vida dos estudantes universitários, tornar mais fácil encontrar um quarto ou um apartamento para viver na cidade e melhorar o acesso ao apoio financeiro.”
Na categoria de Acesso a Cuidados de Saúde procura “ideias ou projetos inovadores que tirem partido do poder da saúde preventiva, especialmente através da utilização de wearables médicos, que promovam uma melhor gestão das doenças crónicas, centrando-se na adesão à medicação e na monitorização dos doentes, aumentem a capacidade da cidade para atrair profissionais de saúde, encontrem soluções criativas ou alternativas para a falta de acesso aos médicos de família e às listas de espera”.
O objetivo é a “promoção de estilos de vida mais saudáveis, aumento da qualidade de vida e a melhoria de acesso a cuidados especializados para os quais existe pouca cobertura financeira, tais como cuidados dentários, cuidados oftalmológicos, saúde mental e serviços básicos de cuidados maternos e infantis”, pode ler-se em comunicado.
No que toca à integração de Migrantes, pretende soluções que melhorem “a interoperabilidade e o intercâmbio de informações entre instituições públicas, ONG e o setor privado de forma a integrar os imigrantes e facilitar a navegação em procedimentos burocráticos complexos”, refere o comunicado. “Haverá um grande foco na habitação condigna, apoio na procura de emprego e combate ao racismo e discriminação.”
As candidaturas arrancam a 1 de junho, seguindo-se uma fase de pré-seleção por parte da autarquia, a Unicorn Factory Lisboa e especialistas em inovação social. Desta pré-seleção – e contando também com a opinião dos cidadãos de Lisboa – serão escolhidos três finalistas por categoria, que seguem para a fase de teste e prova de conceito, com duração de seis meses.
“Com base nos resultados dos projetos-piloto, será selecionado um vencedor por categoria com base no respetivo sucesso que recebe um prémio monetário de 120 mil euros, bem como o apoio contínuo da cidade e da Unicorn Factory Lisboa para implementar a solução, e acesso a uma ampla comunidade de inovação unida pelos mesmos valores de trabalhar desafios globais através do impacto”, informa comunicado.
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