Depois de Coimbra, TUMO abre em Lisboa no Hub Criativo do Beato e já tem novas cidades na mira
O Hub Criativo do Beato é a localização escolhida para a instalação do segundo centro de tecnologias criativas em Portugal, projeto com um investimento estimado de 7 milhões de euros em cinco anos.
Um ano depois de abrir em Coimbra, o TUMO abre em setembro em Lisboa, no Hub Criativo Beato, num projeto com um investimento estimado de sete milhões de euros em cinco anos. Porto, Braga, Évora e Algarve são outras localizações que poderão acolher um centro de tecnologias criativas, com formação gratuita para jovens.
“Procurámos um local aspiracional e inspiracional, com áreas grandes. Aqui no Beato encontrámos um espaço amplo que rapidamente será adaptado para responder às necessidades do projeto. Temos também a mais-valia de estarmos inseridos num ecossistema do mundo digital e criativo que potencia todo o trabalho que queremos desenvolver com os nossos alunos”, justifica Pedro Santa Clara, mentor do projeto, ao ECO.
O Hub Criativo do Beato, parte do Beato Innovation District, acolhe na Factory várias startups e scaleups, como a Sixt; MicroHarvest; o Interactive Technologies Institute (ITI), a Midwich Portugal, a Inetum ou a Unicorn Factory Lisboa, projeto promovido por Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa. O hub tem ainda instalada a sede em Lisboa da tecnológica Claranet e, a partir de agosto, vai acolher a escola 42 Lisboa, outro projeto de formação fundado por Pedro Santa Clara, em Portugal, tal como avançou o ECO.
Investimento de sete milhões
O segundo TUMO a nascer no país envolve um investimento “semelhante ao de Coimbra, sete milhões de euros para cinco anos de projeto”, adianta Pedro Santa Clara.
BPI | Fundação “la Caixa”, Claude and Sofia Marion Foundation, Fundação Galp, José de Mello e Vanguard Properties são parceiros fundadores do TUMO Lisboa, aos quais se juntam Fundação Santander Portugal, MEO, Fundação Altice e Worten. “Em breve serão anunciados mais parceiros, para garantir o último quinto de financiamento que precisa de ser angariado”, revela o mentor do projeto quando questionado sobre se o financiamento para o centro de Lisboa já estava assegurado.
O TUMO visa promover a diversidade social e a inclusão, acolhendo jovens, entre os 12 e 18 anos, independentemente da sua origem social, económica ou escolar, propondo formação gratuita em oito áreas de competência: Música, Robótica, Animação, Desenvolvimento de Jogos, Programação, Fotografia, Cinema e Design Gráfico.
“O centro abre com capacidade para 1.000 alunos, com a possibilidade de chegar a 1.500 jovens no ano seguinte”, precisa Pedro Santa Clara. As inscrições arrancam a 3 de junho, com as aulas com início previsto em setembro.
Cada estudante terá um percurso educativo personalizado, em formato presencial, sendo acompanhado por um mentor, com duas sessões de duas horas por semana em horário pós-escolar.
Estamos a começar a desenvolver o projeto no Porto e Braga, e já começámos algumas conversas também em Évora e no Algarve. É necessário garantir a junção de várias peças: um espaço, financiamento e uma equipa motivada.
“O TUMO Lisboa terá uma equipa de 35 pessoas, essencialmente constituída por workshop leaders especialistas nas áreas de competência oferecidas e Learning Coaches – ‘facilitadores’ do processo de aprendizagem que acompanham os jovens. O processo de recrutamento está em curso, as vagas estão disponíveis no nosso site“, adianta Pedro Santa Clara. A direção executiva da escola em Lisboa está com João Figueirinhas Costa, profissional com um percurso no ecossistema de empreendedorismo nacional em empresas como Uniplaces, FRVR ou Humaniaks (founder & CEO).
“A nossa estratégia passa por procurar talento onde ele existe, e recrutar os melhores especialistas, nas áreas específicas que oferecemos, nas universidades”, diz o promotor do centro quando questionado sobre eventuais parcerias no campo científico-educativo com outras instituições de ensino.
Novas localizações na calha
Projeto internacional com origem na Arménia em 2011, com centros em mais de 10 países – incluindo França, Alemanha e, em breve, no Japão, Holanda e EUA –, em Portugal, o TUMO está a ser desenvolvido pela equipa da Shaken not Stirred, liderada por Pedro Santa Clara com a equipa que liderou o projeto do novo campus da Nova SBE em Carcavelos e promove a escola 42. O primeiro espaço abriu em Coimbra em setembro de 2023, onde desde então, semanalmente, 1.000 alunos frequentam o centro.
Depois de Lisboa, há novas localizações já a serem pensadas. “A ambição da equipa passa pela expansão de centros de educação TUMO por todo o território nacional. Estamos a começar a desenvolver o projeto no Porto e Braga, e já começámos algumas conversas também em Évora e no Algarve. É necessário garantir a junção de várias peças: um espaço, financiamento e uma equipa motivada”, adianta Pedro Santa Clara.
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