Governo lança leilão de gases renováveis de 140 milhões
Leilão será aberto a projetos de hidrogénio verde e biometano. Além disso, o Governo espera ter concluídas as primeiras orientações para o leilão de energia eólica offshore antes do verão.
A ministra da Energia e do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, anunciou que o Governo irá lançar esta segunda-feira um novo leilão de gases renováveis, com uma dotação de 140 milhões de euros. Estará aberto a projetos de hidrogénio verde e biometano. Em paralelo, avançou que espera ter concluídas as primeiras orientações para o leilão de energia eólica offshore antes do verão.
“Hoje lançamos um leilão de gases renováveis, no qual iremos injetar 140 milhões de euros, ao longo de um período de dez anos, financiado pelo Fundo Ambiental. Este montante deverá compensar os investidores pelas flutuações de preço“, indicou a ministra.
Num comunicado enviado a posteriori, o Governo esclareceu que as quantidades máximas para contratualização serão de 150 gigawatts-hora por ano no caso do biometano, e de 120 GWh/ano no caso do hidrogénio. O preço base a pagar pelo Comercializador de Último Recurso grossista (CURg), a Transgás, é de 62 euros por megawatt-hora (MWh) no caso do biometano, e de 127 euros/MWh para o hidrogénio. As candidaturas terão de estar concluídas na Plataforma do Procedimento no prazo de 60 dias a contar da data da publicação do anúncio de abertura.
No que diz respeito ao leilão de energia eólica offshore, um trabalho que tinha vindo a ser conduzido pelo anterior Governo e que transitou para esta nova administração, terá novidades em breve, adiantou também a responsável pela pasta da Energia. Os “primeiros resultados” e “algumas orientações” serão partilhados antes do verão.
Uma última novidade avançada foi o lançamento, “muito em breve”, de uma consulta pública por parte da Estrutura de Missão para o Licenciamento de Projetos de Energias Renováveis (EMER) 2030, que vai recolher ideias e críticas sobre o licenciamento em Portugal, de forma a melhorá-lo.
As prioridades do Governo, indicou Maria da Graça Carvalho, incluem ainda o repowering dos parques eólicos onshore (isto é, a soma de outras tecnologias como a energia solar, de forma a aproveitar melhor a ligação à rede, produzido mais no mesmo espaço). Em paralelo, o solar descentralizado será também “uma forma de empoderar os consumidores”.
Eficiência energética, combate à pobreza energética e promoção da integração de Portugal no mercado energético europeu, com mais interconexões, são os três tópicos que encerram a lista de prioridades elencadas pela ministra.
Maria da Graça Carvalho falava na Lisbon Energy Summit & Exhibition 2024, onde fez o discurso de abertura. O evento decorre de 27 a 29 de maio, na FIL, no Parque das Nações, sob o tema “Criar hoje o sistema energético de amanhã”.
(Notícia em atualizada às 15h17 com a informação que consta do comunicado)
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