Temido muito preocupada com buscas a funcionários do Parlamento Europeu
A cabeça de lista do PS às eleições europeias, Marta Temido, mostrou-se hoje surpreendida e muito preocupada com as buscas no Parlamento Europeu (PE) por suspeita de interferência russa e corrupção.
A cabeça de lista do PS às eleições europeias, Marta Temido, mostrou-se hoje surpreendida e muito preocupada com as buscas no Parlamento Europeu (PE) por suspeita de interferência russa e corrupção.
“É muito preocupante, penso que todos ficámos um pouco estupefactos com as buscas realizadas ontem [quarta-feira] e que envolveram alguns funcionários das instituições europeias, do Parlamento Europeu”, referiu.
Aos jornalistas, a candidata a eurodeputada, que realiza esta manhã ações de campanha em Aljustrel, no distrito de Beja, disse ter ficado alarmada com a alegada tentativa de intromissão nas agendas e nas votações dos eurodeputados, por países terceiros.
“Sobretudo com o intuito muito especifico de destruição daquilo que é um projeto de democracia e estabilidade. Preocupação por perceber que as coisas já estão com este nível de intrusão e não é um filme”, concluiu.
O Ministério Público Federal belga anunciou que as autoridades realizaram, na quarta-feira de manhã, buscas nos gabinetes de um colaborador do Parlamento Europeu em Bruxelas e Estrasburgo, no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de ingerência russa e corrupção.
Segundo uma fonte próxima do caso, trata-se de um antigo assistente parlamentar do eurodeputado alemão Maximilian Krah, do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
De acordo com o Ministério Público belga, as buscas também decorriam na casa deste suspeito, Guillaume Pradoura, em Bruxelas.
Krah é atualmente assistente parlamentar do eurodeputado neerlandês Marcel de Graaff, membro do Fórum para a Democracia, um partido eurocético e conservador holandês.
Marta Temido, considerou ainda que a oposição não precisa de ajuda para ser detonada e escusou-se a responder aos seus opositores “porque o foco é a Europa”.
“Detonar a oposição? Eu quase diria que não precisa de ajuda, isso parece-me bastante evidente. Relativamente a abrir caminho, é preciso abrir caminho para Bruxelas, mas com sentido: o sentido de afirmar Portugal, de fazer um caminho difícil que tem de ser feito e que ninguém vai fazer por nós”, afirmou.
Depois de questionada por jornalistas, garantiu não simbolizar uma resposta aos ataques da oposição.
“Não respondo, por duas razões: primeiro porque o que nos interessa é falar da Europa e dos nossos projetos políticos. Tenho a certeza que o candidato desse partido da oposição, da AD, mas também os outros candidatos concordam comigo, e é disso que vamos falar”, justificou. No seu entender, é aos eleitores que deve responder, deixando a garantia de que não contarão consigo para “continuar nessa linha”.
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