Discurso de von der Leyen interrompido por manifestantes de apoio à Palestina

  • Lusa
  • 6 Junho 2024

O discurso da candidata do Partido Popular Europeu foi interrompido por 20 manifestantes, que gritavam "Palestina Livre", com as mãos pintadas de vermelho a lembrar o sangue do confronto.

O discurso da presidente da Comissão Europeia e candidata do Partido Popular Europeu a um segundo mandato, esta quinta-feira no Porto, foi interrompido por dezenas de manifestantes de apoio aos palestinianos, que pediram uma “Palestina livre” dos bombardeamentos de Israel.

Ursula von der Leyen tinha começado a discursar num comício da AD no centro do Porto e estava a elogiar o apoio do presidente do PSD, Luís Montenegro, e do cabeça de lista da AD, Sebastião Bugalho, quando cerca de 20 manifestantes interromperam as suas palavras gritando “Palestina Livre”, com as mãos pintadas de vermelho a lembrar o sangue do confronto.

Manifestantes gritaram “Palestina Livre” e interromperam o discurso da presidente da Comissão EuropeiaLusa

 

Von der Leyen tentou continuar o discurso, mas as atenções no comício estavam centradas nos manifestantes, que acabaram por abandonar o local acompanhados pela polícia. “Se vocês estivessem em Moscovo, estavam agora na prisão”, comentou Ursula von der Leyen, comparando o protesto com a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa.

“Liberdade, liberdade”, começaram a gritar os apoiantes da AD, que não evitaram ainda assim que continuassem os protestos de apoio à Palestina, já um pouco fora do local do comício. A campanha de von der Leyen tem sido marcada pela sua posição pró-Israel no conflito do Médio Oriente.

Antes a candidata pelo PPE tinha-se juntado à campanha da AD na tradicional passagem por Santa Catarina, ao lado do líder do PSD e do cabeça de lista, Sebastião Bugalho, numa “bolha” de segurança. A arruada começou na Capela das Almas cerca das 18:40 e durou menos de meia-hora, com von der Leyen, Luís Montenegro e o cabeça de lista da AD a juntarem-se um pouco mais abaixo na Rua de Santa Catarina, no Porto.

Nem a comunicação social nem quase nenhum popular conseguiu furar a “bolha” de segurança formada por cerca de uma dezena de elementos, entre a comitiva da AD e da candidata do Partido Popular Europeu à Comissão Europeia. Na primeira fila da arruada, estavam também o líder do CDS-PP, Nuno Melo, o ex-eurodeputado Paulo Rangel e a recandidata Lídia Pereira.

As juventudes partidárias alteraram um pouco as habituais palavras de ordem e gritaram “Don’t stop Ursula”, empunhando bandeiras da União Europeia e t-shirts de apoio a candidata. Os “jotas” pediram e a candidata à Comissão Europeia também saltou, juntamente com Montenegro, Melo e Bugalho, que ainda ouviram uma tuna académica durante breves instantes.

O histórico militante do PSD Amândio de Azevedo foi dos poucos a quem os seguranças permitiram cumprimentar os “notáveis” da arruada, onde se incluíam também deputados e dirigentes do PSD e CDS-PP como Hugo Soares, Pedro Morais Soares, Pedro Duarte ou Miguel Guimarães.

Há três meses, nas legislativas, o percurso da tradicional “arruada” portuense da AD foi um pouco mais longo e durou cerca de 45 minutos e com Montenegro a falar, por várias vezes, ao longo do percurso. Tal como em março, a comitiva da AD terminou a arruada na praça Dom João I, onde estava já montando o palco para o comício do penúltimo dia de campanha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Discurso de von der Leyen interrompido por manifestantes de apoio à Palestina

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião