Sem “possibilidades financeiras”, FC Porto desiste de construir academia na Maia

Administração liderada por Villas-Boas analisou o projeto iniciado pelo seu antecessor e concluiu que não há músculo financeiro para avançar agora com a compra dos terrenos à autarquia.

O FC Porto desistiu do projeto de construir uma “academia de formação e treino de atletas na cidade da Maia”, por não ter “possibilidades financeiras de dar continuidade ao processo tendente” à compra dos terrenos ao município, informou esta terça-feira num comunicado.

“Além de se ter verificado que, surpreendentemente, não existia qualquer plano concreto de viabilidade financeira para a construção do centro de treinos na Maia, veio também a verificar-se que a anterior administração da SAD do FC Porto havia já falhado o pagamento da segunda prestação relativa ao procedimento de hasta pública para a aquisição dos terrenos ao Município da Maia”, diz a administração liderada por André Villas-Boas, referindo-se à anterior gestão protagonizada por Jorge Nuno Pinto da Costa.

“Com efeito, no dia de hoje [18 de junho de 2024], a atual administração confirmou à CM Maia que, efetivamente, o clube não teria nesta fase possibilidades financeiras de dar continuidade ao processo tendente à aquisição dos terrenos em causa”, avança o clube na referida nota.

A academia do FC Porto na Maia foi uma aposta de Pinto da Costa antes das eleições para a presidência da SAD do clube, nas quais foi derrotado. No entanto, como avançaram esta terça-feira alguns meios de comunicação social, incluindo o Record e o Público, o cheque de 510 mil euros passado pela anterior administração à Câmara da Maia para a compra dos terrenos em causa não tinha cobertura.

No comunicado divulgado esta terça-feira, o FC Porto lembra que André Villas-Boas tinha manifestado “a sua preocupação” com a forma “precipitada e pouco ponderada” como “a anterior administração tinha decidido avançar para o projeto”. “Não obstante, deixou o agora presidente a garantia de que, uma vez eleito, iria, juntamente com a sua equipa, analisar cuidadosamente o projeto, nomeadamente em termos de utilidade, timings de conclusão de obra e custo”, acrescenta. Esse trabalho foi feito e conduziu à conclusão de que essas preocupações eram “inteiramente fundadas”.

Numa reação a esta decisão citada pelo Record, a Câmara Municipal da Maia disse: “Sem prejuízo de comunicação formal do FC Porto ao Município, que aguardamos ainda, só podemos lamentar que a situação financeira do clube não permita concretizar o projeto a que se propôs, que, estamos certos, engrandeceria o FC Porto e a Maia. Não obstante, não cabe ao Município tecer quaisquer comentários à decisão do clube, de que tomamos devida nota.”

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