Finanças diz que medidas estão alinhadas com recomendações do FMI

Ministério das Finanças defende que FMI confirma o seu cenário macroeconómico e que as recomendações para redução da carga fiscal e o combate à burocracia estão alinhadas com propostas do Executivo.

O Governo considerou, esta segunda-feira, que as previsões macroeconómicas do Fundo Monetário Internacional (FMI) estão em sintonia com as projeções do Ministério das Finanças e que a redução da carga fiscal e o combate à burocracia estão alinhadas com as medidas apresentadas pelo Executivo.

O FMI melhorou esta segunda-feira as previsões de crescimento da economia portuguesa, para cerca de 2% em 2024 e 2,25% em 2025. Em abril, a instituição liderada para Kristalina Georgieva apontava para uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,7% este ano e de 1,9% em 2025.

Em comunicado, o Ministério das Finanças destacam que as previsões da instituição para a economia portuguesa “estão em linha com as projeções mais recentes do Governo e confirmam o seu o cenário macroeconómico”.

No Programa de Estabilidade, num cenário de políticas invariantes, o Executivo liderada por Luís Montenegro prevê uma taxa de crescimento de 1,5% este ano e um excedente orçamental de 0,2% do PIB.

Um ligeiro excedente que o FMI considera viável, embora recomende uma política orçamental globalmente neutra em 2025. Os técnicos consideram também que a médio prazo, a diminuição da população em idade ativa, o baixo investimento e o reduzido crescimento da produtividade deverão manter o crescimento do PIB abaixo dos 2%.

O Ministério das Finanças realça que “para alterar este cenário, o FMI recomenda um conjunto de reformas estruturais”.
“Por um lado, a redução da carga fiscal e o combate à burocracia, que estão alinhadas com as medidas já apresentadas pelo Governo. Por outro lado, o Fundo defende a promoção da transição digital e ecológica, fundamentais para aumentar a produtividade, o crescimento potencial e o nível de vida, prioridades estas inscritas no programa do Governo”, refere.

Na análise, após a conclusão da missão no âmbito do Artigo, o Fundo alerta também para o impacto do IRS Jovem nas contas públicas, considerando que levará a “perdas consideráveis” de receita fiscal, sendo que a eficácia da medida no que toca a reter os jovens no país é “incerta”.

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