“Governo não pode estar à espera da ANA” no novo aeroporto, apela presidente da CTI
A presidente da Comissão Técnica Independente responsável pelo estudo da localização do novo aeroporto acredita que novo aeroporto poder ser construído em sete anos.
Rosário Partidário, responsável pela Comissão Técnica Independente (CTI) que elaborou a Avaliação Ambiental Estratégica do novo aeroporto, apela a que o Governo “não fique à espera” da ANA para avançar com os passos necessários para o início da construção da nova infraestrutura.
“O Governo pode pensar no que tem de fazer, ter uma programação e não estar à espera da concessionária“, afirmou Rosário Partidário, em declarações à margem da 27.ª conferência mundial da Air Transport Research Society, que decorre esta semana no Instituto Superior de Educação e Ciências, em Lisboa.
A presidente da CTI assinalou que o contrato de concessão dá até cinco anos para a ANA elaborar todo o processo de candidatura à construção do futuro aeroporto Luís de Camões. “Vamos estar cinco anos à espera que qualquer máquina esteja no terreno? Cinco anos é muito tempo quando estamos numa situação de urgência. Os procedimentos que tem de fazer não são novidade. É uma questão de planear e não ficar à espera”, sublinhou.
Rosário Partidário mantém que “em sete anos é possível” construir o novo aeroporto. Foi esse o prazo apontado pelo relatório da CTI, que no arranque do ano indicava 2030 como prazo para a entrada em operação da primeira pista.
Quando anunciou a localização do novo aeroporto, o Governo afirmou que iria encetar negociações com a ANA para reduzir os tempos de execução previstos contratualmente. O ministério das Infraestruturas enviou formalmente à concessionária a carta que dá início à contagem de prazos para a construção do novo aeroporto, a 17 de junho. A ANA tem seis meses para elaborar o Relatório Inicial.
Rosário Partidário considerou, durante a sua intervenção na conferência, que a avaliação realizada pela CTI “foi uma história de sucesso”, esperando que “seja um exemplo inspirador para o resto do mundo”.
Deixou ainda elogios ao “acordo entre os dois principais partidos” para a criação da Comissão. “Um no Governo em 2022 e o outro agora. Juntos concordaram em como chegar a esta decisão”, sublinhou. “Apesar de todos os estudos técnicos que foram feitos, é isto que é importante: haver acordo político e decisões conjuntas”, acrescentou.
A CTI entregou o relatório final de avaliação ao anterior Governo a 11 de março, apontando o Campo de Tiro de Alcochete como a opção com mais vantagens para a localização do novo aeroporto. Foi essa a opção política adotada pelo Executivo de Luís Montenegro no final de abril, em conjugação com a expansão do Humberto Delgado.
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