Tripulantes da Easyjet admitem recorrer à greve
Sindicato vai agendar assembleia geral com carácter de urgência e admite recurso à paralisação. Em causa estão "disrupções operacionais e falta de recursos humanos".
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) vai avançar com a marcação de uma assembleia geral para decidir a resposta às “disrupções” na operação da Easyjet. “Que fique muito claro que nenhuma forma de luta estará descartada, nomeadamente o nosso direito à greve“, diz em comunicado.
A estrutura sindical esteve reunida com responsáveis da companhia área britânica esta segunda e terça-feira, mas considerou as negociações infrutíferas. “Na realidade, a reunião apenas serviu para demonstrar que a empresa não tinha soluções para ultrapassar todas estas disrupções operacionais, falta de recursos humanos, nem sequer dar resposta às nossas pretensões”, escreve no comunicado aos associados, a que o ECO teve acesso.
“Fomos informados que as nossas pretensões chegaram ao nível mais alto da empresa, o AMB (Airline Management Board). Aquilo que recebemos foi uma mão cheia de nada, uns quantos clichês habituais e um pedido para aumentar os nossos níveis de paciência”, considera o SNPVAC.
O sindicato considera também que existiu discriminação em relação ao tratamento dado aos pilotos. “A Direção do SNPVAC não pode continuar a compactuar com estas indecisões da empresa, sobretudo quando verificamos que ainda na semana passada houve disponibilidade financeira para atenuar determinadas disrupções a uma determinada classe – pilotos”, afirma no comunicado.
O sindicato enviou ainda um ofício à empresa “a acionar a cláusula 14ª do nosso Acordo de Empresa, que visa iniciar o processo formal de resolução de conflitos”.
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